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Costa do Sauípe, BA (AE) – A forma como Gustavo Kuerten foi eliminado do Brasil Open, ao perder para o gaúcho André Ghem, um tenista de poucas conquistas e sem experiência, deixa a sensação de um fim de linha para o maior astro do tênis brasileiro. Guga perdeu para sua falta de movimentação, ausência de ritmo, frustrou a torcida e foi incapaz de manter sequer uma mínima regularidade. Está muito distante do que já foi e, aos 29 anos e duas cirurgias, mostra que seu caminho será penoso, ainda sentindo um pouco de dor e sem muita mobilidade no quadril.

O resultado, especialmente da forma como aconteceu, revela perspectivas sombrias para o tenista nesta sua volta ao circuito profissional, como ele mesmo reconheceu após o jogo. "Joguei muito menos do que esperava. Sei que posso fazer melhor", admitiu Guga.

Esta esperança ainda motiva Guga, que ontem tirou um dia de folga na Costa do Sauípe, como se quisesse esquecer de sua estréia. Esteve na piscina do hotel, foi jogar um pouco de golfe. Relaxou e procurou deixar o tênis de lado. Ele vai voltar à quadra do Brasil Open hoje para a segunda rodada de duplas, ao lado de André Sá.

Guga insiste em tentar voltar ao seu melhor tênis, apesar das críticas, do pedido de aposentadoria da torcida – já demonstrado em pesquisa do Portal do Estadão – e da histórica dificuldade encontrada por tantos outros tenistas que enfrentaram situação parecida.

O longo tempo fora das competições costuma ser fatal. Outros astros, como Bjon Borg e John McEnroe não conseguiram. A exceção mais enfática é André Agassi, que esteve acima dos 140 do ranking e voltou a ser número 1, mas não tinha passado por cirurgias tão graves como Guga.

Apesar das poucas perspectivas, Guga quer continuar a fazer o que mais gosta: jogar tênis, mesmo que isso contrarie a vontade popular e a opinião de muitos. Depois da Costa do Sauípe ele viaja para Acapulco, onde disputa outro torneio no saibro, e segue para os Masters Series de Indian Wells e Miami, ambos nos Estados Unidos.

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