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Samba | Divulgação
Samba| Foto: Divulgação

Às vésperas de completar dois meses interditado, o Estádio Pinheirão sofre com um panorama de total abandono. Lacrado pela Justiça desde 30 de maio, a praça esportiva, dessa vez por "forças superiores" e não só pelo desprezo dos clubes paranaense, está sofrendo as ações do clima e do esquecimento. Naquele dia de maio, dois oficiais de Justiça cumpriram determinação da Justiça a pedido do Ministério Público que requereu o fechamento do local por falta de segurança.

Segundo o advogado da Federação Paranaense de Futebol, Vinicius Gasparini, o local não pode ficar exposto à deterioração. "O mérito da questão ainda está sub judice, afinal não há julgamentos durante o mês de julho no Tribunal de Justiça. Solicitamos um agravo de instrumento para derrubar aquela decisão".

Como a questão só deve entrar em pauta em meados de agosto, o representante da FPF solicitou uma autorização para que seja feita a manutenção rotineira do Pinheirão. "Fiz um pedido hoje mesmo (terça-feira) ao Ministério Público para que possamos dar manutenção na grama, fazer a limpeza de todas as dependências e os reparos necessários que são normais em construções deste tipo".

Sobre esse pedido, o juiz da 18.ª Vara Cível, a mesma que determinou o fechamento do estádio, deu vistas ao processo e enviou ao MP. "Agora temos que aguardar pelo menos mais cinco dias. Enquanto isso o Pinheirão está fechado e precisamos urgentemente mexer na grama e limpar os fossos, já que com as chuvas dos últimos dias está tudo muito sujo. A interdição foi para jogos, mas só queremos fazer serviços de manutenção".

Atletismo "sem-teto"

Com a interdição do Pinheirão, a Federação Paranaense de Atletismo foi uma das mais prejudicadas. Com sede no local, a entidade se viu despejada e sem a possibilidade de usufruir da estrutura da praça esportiva, que em termos de pista de atletismo, possuía um bom "equipamento".

"Eu estava no Pinheirão há 7 anos. Fomos prejudicados porque nossa sede é lá e para nós isso foi muito problemático. Estamos procurando um novo local para nos estabelecermos", comentou o presidente da Federação, Ubiratan Martins. "Tivemos que fechar toda a parte administrativa, de atendimento aos filiados e até as linha telefônicas tivemos que cortar. O trâmite normal da federação ficou totalmente prejudicado".

Segundo Martins, os oficiais de Justiça "pegaram leve" e deram aos funcionários tempo de carregar algumas coisas. "O oficial de Justiça foi bacana e sei que ele não tinha nada ver como tudo isso. No dia 3 de maio fizemos 75 anos de história, que tiramos de lá em dois minutos".

O presidente da FPA, no cargo desde 1990, é otimista em relação ao futuro. "A idéia é dar continuidade no nosso trabalho. Apesar do pouco patrocínio, vamos sobrevivendo graças aos nossos filiados. A idéia agora é tentar comprar uma sede, já que nunca tivemos uma sede própria. Daí em diante vamos continuar organizando campeonatos (14 no total), além dos torneios de um dia só (cinco durante o ano)", explicou Martins. Hoje, 3.500 atletas são filiados à FPA.

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