Henrique quer ser o rei da Inglaterra

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Caçula da equipe brasileira, Henrique Rodrigues, 18 anos, sonhava com uma final nos 200 metros medley no Mundial de Roma, em 2009. A chance de brigar pela medalha não veio. Mas o seu destino mudaria na capital italiana. Nas águas, Cesar Cielo se consagrava com o recorde mundial e a medalha de ouro nos 100 m. Nos bastidores, o curitibano começava a alinhavar o seu futuro.

Com os conselhos de Cesão, seu ídolo e amigo, decidiu trocar o Brasil pelos Estados Unidos esse ano. Tinha o convite de uma universidade de Michigan, outra da Califórnia, mas vai treinar ao lado do velocista brasileiro e de outras feras da natação na Universidade de Auburn, Alabama, e sob o comando do técnico australiano Brett Hawke.

"Quando vi o Henrique, encontrei as mesmas qualidades que já tinha visto no Cesar há alguns anos. Ele é um jovem talentoso, com potencial e focado no que quer", definiu Hawke.

A empreitada custará R$ 30 mil só no primeiro semestre – que começará na metade deste ano. Depois, ele espera por uma bolsa de estudos para garantir seus treinamentos. "Chega de ‘paitrocínio’", brinca.

Será uma mudança total. Além de sair do país e ficar pela primeira vez longe da família (os pais o acompanharam nas três temporadas no Minas Tênis, em Belo Horizonte), Henrique vai mudar também de estilo, incorporando as provas rápidas.

"Não quero desistir do medley, pois é uma prova de raciocínio, que lhe dá tempo para pensar, enquanto as outras são de explosão. Mas estou aprendendo ainda os 100 m e não sei nadar os 50 m. Tenho um longo caminho pela frente".

Longo, mas com um ponto de chegada definido. "É um bom nome para Londres", avaliou o futuro treinador. "Brincamos dizendo que o Cesar é o imperador de Roma (pelo título Mundial). Então eu posso ser o Rei Henrique, da Inglaterra!", espera o paranaense.