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Messi no treino da seleção argentina: título em casa é a grande chance de o craque do Barcelona ganhar um pouco de carinho dos compatriotas | Hedeson Alves / Gazeta do Povo
Messi no treino da seleção argentina: título em casa é a grande chance de o craque do Barcelona ganhar um pouco de carinho dos compatriotas| Foto: Hedeson Alves / Gazeta do Povo

O jogo

O técnico Sérgio Batista aposta em um esquema com três atacantes para a estreia da Argentina na Copa América, hoje, diante da Bolívia. Atuando no 4–3–3, os donos da casa terão no setor ofensivo Messi, Lavezzi e Tevez.

"É fácil atuar com jogadores como os que temos, eles simplificam tudo", comentou Lavezzi. A novidade é o aproveitamento de Tevez desde o início, na vaga de Di Maria. No último amistoso da Alviceleste, contra a Albânia, ele ficou na reserva, provocando protestos da torcida. A escalação é mais um capítulo da relação conturbada do atleta com o treinador. "Sobre Carlos [Tevez], sempre o vi bem, talvez o único equívoco foi não ter feito uma reunião antes. Mas, depois, me bastaram as palavras dele e esclarecemos as coisas cara a cara. Agora está na seleção e ponto final", esclareceu Batista. (AP)

Favoritismo

Para brasileiros, torcida e Messi turbinam rival

É unanimidade na seleção brasileira: a Argentina, que abre a competição é a favorita para vencer a Copa América. Dois fatores fazem todos os jogadores questionados sobre o assunto apontarem os hermanos como os rivais a serem batidos: jogar com a torcida e ter Messi no time – apesar da desconfiança da torcida por ele ainda não ter empolgado com a camisa do país. "Para mim, a seleção favorita é a Argentina. Por estar jogando em casa e ter grandes jogadores, inclusive o melhor do mundo", crava o meia Paulo Henrique Ganso.

O zagueiro Thiago Silva aponta o estilo de jogo dos adversários, de pegada e disciplina tática, como principal dificuldade. "São jogadores aguerridos. Seguem sempre as orientações do treinador. Por isso é sempre muito difícil enfrentá-los, com Messi ou sem Messi", analisa.

As palavras respeitosas dos brasileiros, no entanto, quase sempre vêm acompanhadas de um "mas...". "Claro que jogando em casa e tendo o melhor do mundo, com certeza são favoritos. Mas queremos vencer também. Eles têm o Messi, mas nós também temos jogadores que podem resolver", pondera o volante Ramires, deixando claro que, apesar de apostar em jovens como Neymar, Ganso e Pato, a seleção brasileira não pretende baixar a cabeça ao encontrar os donos da casa do consagrado atacante do Barcelona. (NF)

Buenos Aires, Argentina - São 18 anos sem taça. O melhor jogador do mundo à inteira disposição – porém contestado pelos com­pa­triotas. E, principalmente, uma torcida ansiosa por títulos. Não poderia ser maior a pressão sobre a Argentina pe­­la conquista da Copa América em casa.

Se não der a volta olímpica nesta edição do tradicional torneio continental, os hermanos baterão o recorde negativo sem conquistas. O maior período foi entre 1959 e 78 (19 temporadas).

Cenário de expectativa e co­­bran­­ças intensas que a Alviceleste pas­­sa a vivenciar a partir de hoje, às 21h45, no Estádio Ciudad de la Plata, a 57 quilômetros de Buenos Aires, diante da Bolívia. O embate abre o torneio no país vizinho.

Adversário de histórico inexpressivo, aparentemente ideal pa­­ra uma estreia tão aguardada. Não fos­­se um detalhe incômodo: no último encontro entre os dois, nas Eliminatórias da Copa do Mundo 2010, os bolivianos enfiaram 6 a 1.

"Sabemos da nossa responsabilidades e estamos em busca de uma excelente Copa. Temos a obrigação de ganhá-la. A Ar­­gentina necessita vencer o quanto antes", diz Ezequiel Lavez­­zi.

Resta aguardar e ver se Messi fará o mesmo, tendo de lidar com um peso muito maior para confirmar o favoritismo. Como estampou durante a semana o periódico local Muy, ao lançar o guia da disputa, o baixinho é El Messias Del sueño de los argentinos.

O técnico Sérgio Batista também aposta todas as fichas no craque. "Contar com o melhor jogador do mundo significa muito e temos de garantir que ele se sinta cômodo para que renda da melhor maneira, porque é uma vantagem enorme", afirma El Checho.

Messi anseia o título tanto quanto a seleção. É mais uma chance de ele modificar a imagem de jogador "europeu" disseminada em sua terra natal, reforçada pelo insucesso no Mundial da África. Tevez, conhecido como o jugador Del pueblo, tem mais moral.

E se não bastassem os próprios problemas, a Argentina tem pela frente o Brasil, um rival pra lá de inconveniente. Das cinco edições anteriores da Copa América, a seleção canarinho faturou quatro. As duas mais recentes,traumáticas.

Em 2004, no Peru, a Alviceleste vencia por 2 a 1 quando, nos acréscimos, Adriano empatou. Nos pênaltis, deu Brasil. Três anos depois, Riquelme, Messi e cia brilhavam na Venezuela, en­quanto o time de Dunga penavam. Na final, 3 a 0 Bra­­sil. Retrospecto capaz de deixar os donos da casa um tanto sem jeito com o provável encontro do dia 24 de julho. "Não podemos pensar na final. Mas seria muito bom ganhar, contra quem for", declara o volante Fernando Gago.

Ao vivo

Argentina x Bolívia, às 21h45, no SporTV, ESPN Brasil e BandSports.

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