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Juliano Bendini é um dos jogadores que migraram de Blumenau para disputar a Superliga pelo Londrina/Sercomtel | Gilberto Abelha/ Jornal de Londrina
Juliano Bendini é um dos jogadores que migraram de Blumenau para disputar a Superliga pelo Londrina/Sercomtel| Foto: Gilberto Abelha/ Jornal de Londrina

O Londrina/Sercomtel estreia hoje na Superliga Masculina de Vôlei diante do Cimed/Sky-SC, às 15 horas, no ginásio do Mo­­rin­gão, em Londrina, com um objetivo bastante humilde: chegar entre os oito melhores – são 12 competidores. O tamanho da ambição está diretamente ligado à realidade do time que por pouco não ficou de fora da competição deste ano por questões financeiras.

A equipe, que terminou a última Superliga em nono, teve de apelar até para rifa para pagar uma dívida de aproximadamente R$ 250 mil de salários atrasados na temporada passada. Apesar de garantir uma vaga neste ano pela colocação alcançada, o time precisou contar com a migração de patrocinadores, comissão técnica e jogadores do Blumenau-SC. Não fosse isso, a maior cidade do interior paranaense não veria mais vôlei.

A saída clássica de "união de forças" levou, inclusive, o técnico londrinense André Donegá de volta à cidade natal.

"Sozi­­nhos, nem Blumenau nem Londrina poderiam montar equipes para a Superliga. É um modelo de negócio e de equipe pouco usual, mas é um modelo interessante e que certamente vai ser utilizado por outras equipes", conta o treinador.

Essa dificuldade em angariar recursos para montar o time contrasta com o investimento pesado de outras equipes, que formaram verdadeiros esquadrões, com vários jogadores da seleção brasileira. Só o empresário Eike Batista despejou R$ 13 milhões no estreante RJX, do Rio de Janeiro. Não à toa conta com Dan­­te, Lucão, Marlon e Theo no elenco. Ao Londrina restou fazer o possível, mantendo a base do Blumenau com oito jogadores.

Donegá reconhece a disparidade e planeja resultados dentro desse cenário. "Não temos o mesmo investimento de grandes equipes, mas temos atletas sérios trabalhando e estar entre os oito do playoff seria um título. Só que mais importante que isso é a manutenção do projeto. Chegar numa Superliga é difícil, mas se manter é ainda mais", diz.

Apesar de todos os obstáculos, o experiente meio de rede Juliano Bendini, de 36 anos, está otimista, mas dentro do possível. Ele é um dos que migraram de Santa Catarina.

"Temos plena convicção de que é a maior competição do mundo do vôlei, muito forte, mas queremos fazer um bom papel. Vamos lutar em todos os jogos. E vamos para cima, fazer o que der para fazer", garante.

Quase como um apelo, o jogador e o treinador pedem a presença do público no Moringão, não só hoje, mas durante toda a Superliga.

"Sabemos que a nossa torcida é muito forte e cobra bastante. Estamos preparados e contamos com o apoio dos torcedores. Acho que o vôlei aqui tende a crescer e vai ser muito bom para Londrina", fecha Bendini.

Ao vivo

Londrina/Sercomtel x Cimed/Sky-SC, às 15 horas, no SporTV.

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