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Março de 2010: o time de Guara­­puava vira notícia internacional: o jogador de futsal Robson Rocha Costa morre de hemorragia após ter a coxa e o abdome perfurados por um pedaço de madeira, que se soltou da quadra do ginásio Joa­­quim Prestes durante um jogo.

Dezembro de 2010: o mesmo Gua­­rapuava disputa sua primeira final na Série Ouro do Paranaense, contra o Cascavel. A terceira e decisiva partida da final começa às 20h30, no mesmo Joa­­quim Prestes, com 3 mil torcedores. Todos os ingressos foram vendidos em menos de quatro horas.

A equipe pretende selar com o título sua redenção. "Logo após a morte do Robson [em 7/3], houve muita dúvida. Não só sobre o futuro do time, mas também o nosso, como atletas. O que aconteceu e podia acontecer com qualquer um de nós...", diz o goleiro Brigadeiro.

Foi a partir das jogadas armadas por ele que o Guarapuava repetiu, no último sábado, o que fez durante toda a temporada: reverter situações negativas. Em casa, no se­­gun­­do jogo, perdia de 4 a 1 para o Cascavel, que precisava do empate para chegar ao tetracampeonato. Nos dez minutos finais, o time comandado por Baiano virou o placar para 5 a 4 e forçou o terceiro jogo, desta noite. Agora, o empate dá o título ao Guarapuava.

"Sabemos que o Cascavel tem muita força e experiência. Mas esperamos não ter de contar com esse benefício. Temos a nosso favor é a força da torcida", destaca Baia­no. Torcida que manteve-se presente, mesmo quando o time jo­­gou em um ginásio com capacidade de 900 espectadores – o Joaquinzão ficou interditado de março a agosto.

Não foram os únicos percalços do Guarapuava. Menos de dois meses depois da morte o Robgol, outra perda: o filho de 4 meses do goleiro reserva Ethienne morreu. Novo baque para o time.

O supervisor e presidente do time, José Valter Liberato, recorda que por meses a equipe conviveu com a desconfiança de investidores e as contas quase no vermelho. "Pensamos em desistir. Mas decidimos que poderíamos dar a volta por cima."

"Sabemos que o Cascavel é uma equipe muito competente. Mas, por tudo que vivemos até aqui, todas as dificuldades que superamos, creio que, psicologicamente, estamos um passo a frente nesta final. Somos merecedores do título", diz Brigadeiro.

Baiano conta que a reversão da situação só foi possível com conversa. "O grupo se fechou ainda mais", fala o técnico. A lembrança de Robson foi constante na temporada. Sua camisa, a 18, foi imortalizada. Na escalação do time, seu nome segue na lista. No sábado, o time entrou em quadra vestindo uma camiseta com uma foto do atleta e a torcida fez um mosaico com a inscrição "Robson Eterno".

Ao vivo

Guarapuava x Cascavel, às 20h30, na Paraná Educativa.

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