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Ídolo do Atlético Paranaense e do Fluminense nos anos 80 e campeão com a seleção brasileira nos Jogos Pan-Americanos de 87 (Indianápolis/EUA), o ex-jogador Washington vive um momento delicado, lutando contra os efeitos da Esclerose Lateral Amiotrófica. Conhecida como ELA, a doença degenerativa, ainda sem cura, atinge as células do sistema nervoso central e prejudica os movimentos, a fala e o sistema respiratório. Aos 49 anos, mas com aparência envelhecida, o ex-atacante de outros clubes como Botafogo, Corinthians e Internacional, entre outros clubes, precisa recorrer a uma cadeira de rodas para se locomover. Após ser internado com um princípio de pneumonia no mês passado, Washington encara a batalha para se tratar da grave enfermidade, conhecida também como doença de Lou Gehrig ou de Charcot. A mesma que afeta o físico inglês Stephen Hawking.

"Já estou quase 100% em relação à pneumonia. Mas estou quase sem força nas pernas. Em quase todo o corpo, na verdade", afirmou o ex-jogador em entrevista por telefone.

Há quase três anos se tratando da doença em Curitiba, Washington recebe gratuitamente medicamentos do Governo do Paraná (após ingressar com uma ação na Justiça) e realiza sessões de fisioterapia duas a três vezes por semana. E aguarda uma transferência para o Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, no qual teria acesso a um tratamento intensivo.

No futuro, os médicos que atendem ao ex-jogador já indicaram que será necessário o uso contínuo de dois aparelhos que facilitem a respiração. Equipamentos que custam de R$ 20 mil a R$ 80 mil. Valores altos para o ex-jogador.

Sem mostrar desânimo, apesar dos problemas de saúde, e sem reclamações em relação ao Fluminense, Washington afirma que o clube, se desejasse, poderia colaborar com seu tratamento diante da ligação que tem com uma companhia de planos de saúde, principal patrocinadora do clube.

"Quero é me recuperar da doença. E de cabeça erguida. Sem passar a imagem de coitado. Não tenho nada a reclamar do Fluminense. Tenho o maior orgulho de ter vestido a camisa do clube", afirmou sobre o Tricolor carioca, que defendeu de 1983 a 89 e pelo qual foi tricampeão carioca (83/84/85) e campeão brasileiro (84).

A diretoria do Fluminense promete ajudar o ex-jogador. O clube estaria em busca de uma solução o mais rápido possível par ajudar e ex-ídolo. A assessoria de imprensa da Unimed, patrocinadora do Fluminense, afirmou que uma possível ajuda ao ex-jogador será analisada pelo comando da empresa.

Fã do centroavante que ajudou o Fluminense a conquistar vários títulos, o jornalista João Márcio Júnior, 30 anos, decidiu auxiliar o ídolo, promovendo um leilão virtual em benefício do tricampeão carioca.

Filho do atacante João Márcio, que defendeu o Fluminense nos anos 60, o jornalista comprou uma camisa oficial do Tricolor, pediu para que Washington a autografasse e está leiloando o uniforme na internet. Até esta quarta-feira, o maior lance havia sido de R$ 1.250.

"Acompanhei a trajetória dele quando eu era criança. Me lembro da participação dele na conquista do título carioca de 85. Era o meu ídolo. Nas peladas, sempre dizia que eu era o Washington", lembrou João Márcio. Parceiro de Washington no Atlético-PR e no Fluminense, no qual formaram a famosa dupla "Casal 20", Assis lamenta a situação enfrentada pelo velho amigo. "Não tenho tido contato com ele. O importante é que está sob cuidados médicos. Não só eu, mas quem conheceu o Washington fica triste com essa situação".

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