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Roberto Costa teve carreira de sucesso, sobretudo com a camisa rubro-negra, e hoje faz parte de escola do Coxa | Christian Rizzi/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Roberto Costa teve carreira de sucesso, sobretudo com a camisa rubro-negra, e hoje faz parte de escola do Coxa| Foto: Christian Rizzi/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Foz do Iguaçu -- Poucos jogadores podem dizer que jogaram pelo Atlético e Coritiba e mantiveram o respeito de ambas as torcidas. E só um goleiro tem no currículo o status de ser eleito duas vezes o melhor jogador do futebol brasileiro – marca que nem arqueiros do nível de Rogério Ceni, Marcos, Dida e Taffarel alcançaram.

Aos 57 anos, Roberto Costa, vencedor do prêmio Bola de Ouro da Revista Placar nos Campeonatos Brasileiro de 1983, pelo Atlético, quando o clube ficou em terceiro lugar na competição, em 1984, pelo Vasco, quando foi vice-campeão, hoje comanda uma escolinha de futebol do Coritiba em Foz do Iguaçu, onde o Coxa faz sua pré-temporada para o Campeonato Paranaense.

Nascido em Santos, onde começou a carreira em 1972, Costa chegou ao Atlético em 1978, onde se tornou ídolo. Em 1981 foi emprestado ao Coritiba, mas não ficou no Alto da Glória graças a um goleiro boliviano que tinha a preferência da diretoria alviverde. "Eu disputei uma Taça de Prata, em que fui eleito o melhor goleiro da competição. Só não houve a contratação porque na época o presidente queria um goleiro que jogou muito contra o Brasil nas Eliminatórias, o Gimenez. Trouxeram ele e eu voltei para o Atlético", conta.

Costa garante que nunca teve problemas com nenhuma das duas torcidas. Mas os Atletibas mais marcantes da carreira, não esconde, foram com a camisa rubro-negra. "Na época era difícil o Atlético ganhar do Coxa, mas eu sempre saia como melhor em campo. Ganhava uma premiação, mesmo perdendo", revela.

Em 1983, o arqueiro disputou um dos jogos mais inesquecíveis da carreira, quando o Atlético venceu o São Paulo, no Morumbi, com gol de Assis, pelas quartas de final do Brasileiro. Neste ano, Costa venceu a primeira Bola de Ouro. "Fui eleito o melhor jogador do Brasil em uma época que tinha Zico, Sócrates e Falcão", orgulha-se.

Na seleção brasileira, Roberto Costa teve a oportunidade de jogar um amistoso, contra a Inglaterra, no Maracanã. "Perdemos por 2 a 0, mas foi gratificante ter passado pela seleção. Só a única coisa [que lamento] foi não ter disputado uma Copa do Mundo", admite.

Aposentadoria

Após encerrar a carreira, em 1990, Costa acabou se aproximando muito do Coritiba, onde foi preparador de goleiros por dois anos, tendo trabalhado inclusive no grupo que conseguiu o acesso para a Série A em 1995. Três anos depois, o ex-arqueiro foi trabalhar no time de Foz do Iguaçu, onde, após uma passagem pela Arábia Saudita, resolveu fixar residência.

Em 2010, após uma sugestão do ex-atacante Pachequinho, Costa resolveu criar uma escolinha coxa-branca na cidade. "Nós sondamos o Atlético, mas a receptividade que tivemos no Coxa foi muito grande", conta. Hoje o ex-goleiro é o líder do projeto no Triângulo Esporte Clube, onde o time profissional realizou um treinamento na última quinta-feira (12), acumulando a função junto com a coordenação de Polos Esportivos da Secretaria de Esportes de Foz do Iguaçu.

"Estamos resgatando também a identidade dos torcedores daqui. Não adianta querermos trazer escolas de outro estados. Trazendo as do nosso próprio futebol podemos conscientizar estas crianças para começarem a torcer para as equipes daqui. Isso é importante", ensina o melhor jogador do Brasil por dois anos consecutivos.

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