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Lyon mantém legião brasileira pelo 7.º título

Ameaçar o reinado do Lyon de Juninho, Cris e Fred é sonho para o Saint Ettiene de Ilan. Mas para o tradicional Olympique, o forte Mônaco, o estável Paris Saint-Germain e o perigoso Lens é uma meta. Depois de seis títulos seguidos, o Lyon reformou quase todo o elenco e ainda aposta nos brasileiros pelo hepta. Wiltord é outro destaque da equipe que ainda tenta contratar Émerson, ex-Real Madrid.

No Olympique, além da camisa, a idéia é apostar na equipe que foi quase toda mantida na última temporada. O time estréia contra o Strassburg, que contratou Rentería, ex-Inter. Um ídolo franco-brasileiro é a aposta do Mônaco, equipe sediada em Montecarlo. Ricardo Gomes, que fez fama no PSG, comandará a equipe no desafio de no mínimo chegar à Liga dos Campeões. O Lens é quem corre por fora, segundo as dicas do atacante Ilan. Rennes, Nantes e Bordeaux também podem surpreender o que significa chegar entre os primeiros. (NA)

O grito "Des buts, s'il vous plaît!*" será ouvido a partir de hoje nos estádios da França, primeiro país de ponta no futebol europeu a inaugurar a temporada 2007/ 2008. Será a chance de um curitibano revelado no Paraná e campeão brasileiro pelo Atlético melhorar o bom desempenho da última edição do torneio. É Ilan, artilheiro do Saint Ettiene e autor do gol mais bonito da Ligue 1 2006/ 2007, contra o Paris-St. Germain.

"Pessoalmente, foi uma temporada muito boa", relembra o atacante, que não conseguiu estender ao time a boa campanha. Ao invés da vaga na Copa da Uefa, os Verdes ficaram no meio da tabela, em 11.º.

"Tivemos problemas internos entre treinador (Ivan Hasek) e jogadores. Mas continua o mesmo objetivo. Agora, os problemas foram resolvidos porque trocamos o treinador e alguns jogadores já sairam. Ainda estamos descobrindo o novo clima. O principal é tocar a temporada com atletas mais jovens", afirmou ele, agora comandado pelo antigo auxiliar Laurant Rossey.

O Saint Ettiene é um clube médio da França. Não tem a tradição de Olympique, Lyon ou PSG, mas segundo Ilan, possui boa estrutura. "O que me trouxe para cá é que eles pretendiam montar uma boa equipe. O clube é muito bem estrurado", conta. Não só trouxe: manteve. O atacante não quis trocar o atual time por propostas da Alemanha, Espanha, Palmeiras, Grêmio e do PSG. "Não chegaram ao nivel financeiro. Não compensava mudar para Paris", afirmou.

Será a quarta temporada de Ilan por lá. Tempo suficiente para se acostumar ao amarrado jogo francês. "O jogo aqui é para não tomar gol. Todos tem que marcar. É chato (jogar assim). Principalmente eu, que estou acostumado no Brasil".

Mesmo à distância, ele segue acompanhado – e comparando – o Brasileirão. "Eu acompanho sempre o Atlético", diz, emendando sobre as diferenças entre os campeonatos. "O Francês é meio doido. Aqui é mais acentuada a chance dos times de baixo ganharem, pelas retrancas".

Mesmo assim, o Lyon de Juninho é atualmente hexacampeão. "Esse ano pode ser que dê para chegar, porque eles estão mudando bastante". Voltar para o Brasil é uma idéia, mas distante por enquanto. "Já pensei em voltar para o Brasil, mas é difícil sair daqui, tenho contrato até 2010. Mas acho que ainda não é a hora de voltar. Voltaria pra ficar perto da família".

Ao voltar, Ilan cita dois clubes pelos quais passou como preferência. "Atlético, São Paulo... não sei onde, mas por aí". Já a seleção não comove tanto o atacante. "Eu penso, mas não esquento muito a cabeça. A seleção depende de cada treinador", acrescenta ele, que estréia na competição hoje, contra o Monaco.

* Eu quero ver gol, em tradução livre do professor Odair da Aliança Francesa.

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