“Imbatível”, Red Bull põe Webber no topo do pódio e do campeonato

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A oitava e nona colocações nas duas primeiras etapas do campeonato, no Bahrein e na Austrália, com o carro da Red Bull, o mais veloz da Fórmula 1, geraram uma imagem bastante negativa de Mark Webber. Falou-se até na sua substituição ao final da temporada. Nas duas últimas provas, no entanto, Espanha e Mônaco, o australiano de 33 anos conquistou tudo o que era possível: pole position e vitória de ponta a ponta. Resultado: somou 50 pontos e se tornou líder do campeonato.

"Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida. Me juntar a Ayrton Senna e outros [vencedores no circuito de Monte Carlo] é muito especial", festejou Webber. "Se eu tivesse a opção de escolher o GP que desejasse vencer, ficaria com o mais glamouroso, por ser muito, muito especial", falou, antes de sair correndo para a área da Red Bull no paddock, onde há uma piscina, e mergulhar de macacão e tudo. Na água, usou o elegante troféu entregue pelo príncipe Albert para banhar-se.

A superioridade demonstrada pelo modelo RB6-Renault da Red Bull em pistas de média velocidade, co­­mo Bahrein, e de alta, a exemplo da Malásia, se estendeu para o traçado mais lento do calendário, o de Mônaco. Também nas ruas do principado os adversários não tiveram chances. O alemão Sebastian Vet­­tel, companheiro de Webber, foi o segundo, compondo outra dobradinha da equipe.

Antes favorito ao título, Vettel agora está ofuscado. O que ficou claro para todos é que Webber também é fortíssimo candidato. Empatou com o alemão em pontos na liderança da classificação, 78, mas leva vantagem no número de vitórias (2 a 1) – líder até então, o inglês Jenson Button não completou a prova e caiu para quarto no campeonato.

Outro grande talento da F-1, o polonês Robert Kubica, da Re­­­nault, completou o pódio na terceira colocação. "Estou feliz porque acredito ter tirado tudo mesmo do carro", disse, lamentando apenas ter perdido o segundo lugar para Vettel na largada. "Minhas rodas patinaram muito mais que as dele." Logo em seguida chegou o brasileiro Felipe Mas­­­sa, mantendo a quarta colocação da largada. O GP de Mônaco, sexto do calendário – com um dos me­­­no­­­res públicos da história por causa da crise na Europa –, mostrou o que deve vir pela frente. "Se aqui, onde a aerodinâmica conta menos, eles (Red Bull) foram também tão mais rápidos, serão ainda mais na Turquia (dia 30)", projetou Fernando Alonso, da Ferrari, sexto colocado, depois de largar dos boxes. "Hoje são imbatíveis."