Rio O Grêmio pode perder mando de campo de até dez partidas do Brasileiro por causa dos atos de vandalismo praticados por sua torcida no empate sem gols contra o Internacional, domingo, no Beira-Rio. A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai denunciar o clube gaúcho até amanhã, com base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê ainda multa de R$ 10 mil a R$ 200 mil. O julgamento da equipe sulista deve acontecer na próxima semana.
O procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, disse que o Grêmio não corre risco de perder pontos na tabela de classificação do Brasileiro devido ao incidente.
"Se o jogo fosse suspenso, o Grêmio perderia pontos. Mas como transcorreu até o fim, o clube não será punido neste caso especificamente", explicou Schmitt, que requisitou as fitas de vídeo do clássico. Ele não descarta a possibilidade de o Beira-Rio ser interditado, mas acha isso pouco provável.
O árbitro Wilson Luiz Seneme relatou na súmula da partida que deu 15 minutos de acréscimos no segundo tempo "devido às substituições e paralisação por falha de segurança nas arquibancadas, onde estava a torcida do Grêmio e houve um distúrbio generalizado".
Ela classificou como ótimas as condições e instalações do estádio.
"Aos 59 minutos, notei que havia um confronto entre o policiamento e a torcida do Grêmio, posicionada atrás de um dos gols. Notei também que o alambrado que separava as torcidas havia sido arrebentado", escreveu na súmula. "(...) Saliento que as chamas provenientes da queima de banheiros ecológicos, que estavam colocados na arquibancada, provocaram uma grande fumaça preta, que prejudicava o espetáculo."
No relatório extra, o árbitro ressaltou que os bombeiros foram alvejados por pedras arremessas por gremistas. "Faltou apenas relatar que outros objetos também foram atirados em campo, mas o que foi escrito já formaliza uma denúncia", disse o procurador-geral do STJD.
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