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Poucos torcedores do Coritiba e  quase ninguém no lado paranista. Clássico tranquilo facilitou o trabalho da Polícia Militar | Fotos: Daniel Castellano/GP
Poucos torcedores do Coritiba e quase ninguém no lado paranista. Clássico tranquilo facilitou o trabalho da Polícia Militar| Foto: Fotos: Daniel Castellano/GP

Empolgados com a chance de torcer pelo Paraná mais perto de casa, 11 tricolores, divididos em três carros, deixaram Matinhos rumo a Paranaguá, ontem, no início da tarde. Nos 51 quilômetros da curta viagem, só alegria. Até que, chegando ao Caranguejão, a surpresa desagradável: "50 reais? Sem condições!".

O relato acima mostra como o preço do ingresso influiu decisivamente na presença do público do clássico, somente 2.700 pessoas. "Com esse dinheiro, nós vamos para casa e ainda faremos um belo churrasco", disse Luiz Antônio Pereira Pinto, 58 anos, aposentado, "líder" da caravana paranista que deu meia volta na bilheteria.

Do lado do Coritiba, tudo foi um pouco mais fácil. Como o mando de campo era do clube, os sócios puderam comparecer normalmente – tiveram de gastar apenas com o deslocamento de ida e volta de Curitiba e "rachar" o pedágio (R$25,40 no total), já que desta vez a diretoria não ofereceu ônibus. Assim, os associados alviverdes formaram mais de 90% do público, algo que já se tornou comum neste início de ano.

"Viemos porque somos sócios, pois o preço realmente está proibitivo. Sem contar que um domingo de sol com futebol sempre é uma boa pedida, mesmo que para isso tenhamos de fazer uma pequena viagem", comentou Ari Benthien, 45 anos, comerciante.

Se o número reduzido de pessoas esfriou o clima do Paratiba, contribuiu com o trabalho da Polícia Militar. Foram deslocados 230 oficiais para a partida, que contou com o reforço da Rotam de Curitiba na segurança em torno do estádio. Antes e durante o clássico nenhuma ocorrência grave foi registrada.

Ajudou para isso a ausência no litoral da Fúria Independente, principal facção organizada do Paraná. O motivo? Novamente, o valor do ingresso. Sabendo da dificuldade, a diretoria tricolor chegou a reunir R$ 2 mil (do próprio bolso) para cobrir o gasto da galera.

Porém o presidente Aquilino Romani acabou recebendo a seguinte mensagem de um dos componentes da Fúria: "clássico sem torcida". "É uma pena, mas entendemos que era realmente complicado", contou o dirigente tricolor.

Já a Império foi até Paranaguá. Mas como o mando era do Verdão, teve de comparecer descaracterizada, de acordo com as proibições impostas pela diretoria do Alviverde. Ocupou uma das curvas do Caranguejão com o tradicional batuque e os gritos de incentivo.

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