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Após "pior partida", René fala em dar uma sacudida geral

A derrota para a Portuguesa por 3 a 1 e a forma como o Coritiba jogou deixaram até o técnico René Simões diferente. Na entrevista coletiva, ao contrário das parábolas, das poesias e da teorização de tudo, o técnico falou um português bem claro.

"Foi uma das piores partidas que fizemos"; "Não gostei de nada hoje (ontem)"; "Vamos ter de dar uma sacodidela geral, porque não é possível levar três gols para começar a jogar", foram as declarações dele, que vai ter de se virar para montar a equipe que enfrenta o Marília, sábado, fora de casa. O volante Mancha está suspenso pelo terceiro amarelo, os contundidos Marlos e Gustavo também estão fora e o meia Túlio, vetado pouco antes da partida de ontem por contusão no joelho direito, é dúvida. Além disso, há os problemas dentro de campo. "Nossa equipe toma o gol e aí acorda. Correr atrás fora de casa é difícil", lembrou o lateral-esquerdo Douglas Silva.

Contratado ontem, o experiente volante Veiga, que completa 35 anos no próximo dia 30, também ainda não deve atuar. Veiga estava no Juventude e passou pelo Coxa em 2000. (RL)

Não tem jeito. Fora de casa o Coritiba não põe medo em ninguém, não incomoda ninguém, não ganha de ninguém. Derrotado por 3 a 1 pela Portuguesa, ontem, em São Paulo, está a um passo de sair do G-4 da Série B.

Para isso, basta manter o que tem feito longe de Curitiba, não trazendo nenhum ponto contra o vice-líder Marília, no sábado. E desde que a sorte que acompanhou o time nos resultados de ontem (com tropeços de Brasiliense e Barueri) não persista, a posição entre os quatro melhores vai embora.

A última vitória fora do Couto Pereira foi na longínqua quinta rodada (2 a 1 sobre o Remo), no dia 9 de junho. De lá para cá, nos ombros da torcida o Verdão é um, mas como visitante é outro.

Ontem, ao contrário do que se imaginava, Rodrigo Mancha, escolhido para substituir o contundido Marlos, não tornou o meio-de-campo mais marcador. Ele foi zagueiro ao lado de Henrique e Leandro. Era para liberar os alas Douglas Silva e Anderson Lima, o que não aconteceu especialmente no primeiro tempo.

A defesa alviverde foi confusa e sofreu com o atacante lusitano Diogo. O camisa 7 da Lusa infernizou os marcadores e desde o começo deu indícios de que seria decisivo.

Com menos de um minuto de jogo, deu o recado, ao receber sozinho na área e chutar na rede pelo lado de fora. Nove minutos mais tarde, o atacante foi lançado nas costas de Leandro, disputou a bola com o zagueiro e com Douglas Silva, ganhou e bateu de perna esquerda: 1 a 0.

No intervalo, o técnico René Simões tentou arrumar a confusão. Jéci entrou na vaga do volante Careca (um dos piores em campo) e Mancha se fixou como cabeça de área.

A apresentação coxa-branca até melhorou um pouco, mas não o suficiente para incomodar o adversário, nem para deixar de sofrer gols. Como não teve força ofensiva e os meias Caíco e Pedro Ken pouco criaram, o Alviverde cedeu ainda mais espaço.

Novamente Diogo foi mais rápido do que Leandro e no cruzamento rasante de Joãozinho ampliou o placar, aos 22 da segunda etapa. Não satisfeita a Lusa aproveitou novo cruzamento de Joãozinho para marcar o terceiro na cabeçada de Marco Aurélio, que subiu entre Leandro e Henrique, aos 34 minutos.

O gol de honra coxa marcado por Hugo (que havia entrado no lugar do inoperante Anderson Gomes), aos 38 minutos, serviu apenas para reduzir o prejuízo no saldo de gols. O Coritiba manteve a rotina de perder fora de casa e voltou a colocar com força a pulga da desconfiança atrás da orelha do torcedor.

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Em São PauloPortuguesa 3 x 1 Coritiba

PortuguesaTiago; Bruno Rodrigo, Marco Aurélio e Halisson; Wilton Goiano, Dias, Rai (Alexandre), Preto (Miltinho) e Leonardo; Clayton (Joãozinho) e Diogo. Técnico: Vágner Benazzi.

CoritibaVanderlei; Anderson Lima, Henrique, Leandro e Douglas Silva; Careca (Jéci), Rodrigo Mancha, Pedro Ken e Caíco (Dinei); Anderson Gomes (Hugo) e Keirrison. Técnico: René Simões.

Estádio: Canindé. Árbitro: Willian Marcelo Souza Nery (RJ). Gols: Diogo (P), aos 9 do 1.º e 22 do 2.º; Marco Aurélio (P), aos 34, e Hugo (C), aos 38 do 2.º. Amarelos: Careca e Rodrigo Mancha (C); Halisson, Rai e Dias (P). Renda: R$ 34.525. Público: 2.949 pagantes.

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