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A Venezuela corre sério risco de ser punida pela Fifa e ficar fora das Eliminatórias para o Mundial de 2014, no Brasil. Isso deve ocorrer se o Congresso Nacional do país aprovar nos próximos dias projeto-lei que dá autonomia ao governo central de participar diretamente da escolha dos dirigentes de entidades e organizar competições e eventos esportivos.

A Fifa já se manifestou sobre o assunto. Em carta enviada quarta-feira à Federação de Futebol da Venezuela (FFV), a entidade alerta que a homologação do projeto-lei, em fase de tramitação, vai configurar "ingerência direta do governo em assuntos exclusivos da FFV".

O projeto regula o esporte como um todo e tem o apoio incondicional do presidente Hugo Chávez. Prevê ainda que a definição dos técnicos e coordenadores das seleções nacionais tenha de ser feita em sintonia com as autoridades do governo central.

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) também enviou carta à FFV e ressaltou que o estatuto da Fifa não permite a interferência de governos na organização. Grupos de atletas, técnicos e dirigentes de várias modalidades esportivas da Venezuela estão se mobilizando para alterar o texto do projeto.

Na Argentina, onde a Venezuela fará sua estreia na Copa América neste domingo diante do Brasil, os jogadores estão proibidos de abordar o assunto. A ordem é do chefe da delegação, Serafin Boutureira, para quem os documentos foram endereçados. Ele é secretário-geral da FFV.

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