Invasão aumenta pressão no Paraná

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Cerca de 50 integrantes da torcida organizada Fúria Independente invadiram o treino do Paraná, ontem, na Vila Capanema, e bateram boca com os jogadores e a comissão técnica. O ato da facção fez os atletas paranistas sentirem a grande pressão que vão enfrentar para vencer o Fortaleza hoje, às 21h50, no próprio Durival Britto e Silva, para manter-se na Copa do Brasil.

O treino estava na parte final quando os torcedores entraram pela área das sociais. Aos palavrões, eles dirigiram-se até o portão de acesso ao campo, que estava aberto, porém encostado. O vice-presidente de futebol, Márcio Villela, ainda foi até a entrada e tentou falar com o grupo. Mas, sem conseguir resultado, viu a torcida invadir o campo e interromper a atividade. Um dos integrantes da organizada chutou uma bola na direção do técnico Wágner Velloso, que desviou.

Foram cerca de dez minutos de bate-boca, pontuadas por alguns empurrões e ofensas a praticamente todos os atletas e ao treinador por causa da eliminação no Paranaense (desenhada pelas derrotas no clássicos com Coritiba e Atlético), além da promessa de o clima ficar ainda pior se o time não se classificar na Copa do Brasil. O grupo foi embora sozinho. A polícia chegou apenas 20 minutos depois da confusão.

"É totalmente descabido o protesto da maneira como foi neste momento. Atrapalha o trabalho, poderia até ter tido uma agressão que deixaria algum jogador fora da partida", reclamou Velloso. "Estamos tentando classificar a equipe, temos um jogo decisivo. Até tive a oportunidade de conversar com eles e disse que isso não ajuda em nada. Totalmente inexplicável, inesperado e lamentável", complementou.

O meia Lenílson, que havia ido para o vestiário pouco antes da invasão, reforçou as reclamações. "Protestos são normais, mas não pode existir contato como ocorreu hoje (ontem)", criticou. "Não vamos correr mais ou se doar mais porque eles vieram aqui, porque já fazemos o máximo nos treinamentos. O que vai acontecer diferente amanhã (hoje), é que nós precisamos minimizar os erros".

O episódio já motivou uma reação imediata da diretoria paranista. Os treinamentos passarão a ser fechados para os torcedores. "A partir de hoje, está proibido o acesso de torcedores ao estádio fora dos dias do jogo", disse o presidente Aurival Correia.

O dirigente minimizou a falha de segurança que permitiu o acesso da facção ao dizer que casos como este jamais haviam ocorrido na Vila. Em 2007, porém, integrantes da mesma organizada foram ao Pinheirão cobrar os jogadores. Na ocasião, o meia Joelson e o atacante Zumbi quase trocaram agressões com torcedores.

Ao vivo

Paraná x Fortaleza, às 21h50, aqui no tempo real da Gazeta do Povo Online.

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Em Curitiba

Paraná

Paraná: Rodolfo; João Paulo, Leandro e Jonathas; Araújo, Agenor, Edimar, Lenílson e Fabinho; Danielzinho e Wando (Wellington Silva).

Técnico: Wágner Velloso

Fortaleza

Douglas; Sílvio (Danilo), Gilmak, Édson e Maizena; Coutinho, Bismarck, Rodrigo Mendes e Guto; Bambam (Sidney) e Wanderley

Técnico: Mirandinha

Estádio: Vila Capanema. Horário: 21h50. Árbitro: Alicio Pena Junior (MG). Auxs.: Guilherme Dias Camilo e Celso Luiz da Silva (MG).

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Interatividade

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