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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

"Viu, faça uma matéria em que eu não apareça muito, e sim os jogadores". O pedido à reportagem do diretor de futebol do Atlético, Alberto Maculan, é significativo para entender tanto a sua personalidade, quanto o trabalho que ele desenvolve no clube.

Afastado da bola para supervisionar as obras no CT do Caju durante dois anos, o retorno de Maculan ao futebol coincidiu com a recuperação do Rubro-Negro no Brasileiro – juntamente com a chegada de Ney Franco, em agosto.

Entre os companheiros de trabalho, a mudança não foi por acaso. Os jogadores, por exemplo, são unânimes em destacar a "camaradagem" do cartola. "Encaro jogador de futebol como um ser humano igual aos outros. E como todo ser humano, eles querem atenção e eu dou. Eles sabem que podem confiar em mim. Falo tudo claro e sou muito alegre, acho que é isso", declara Maculan.

Além destes, há o fato de "não gostar de aparecer". "Não é o Maculan. São os jogadores, a comissão técnica, o roupeiro, a assistente social, a nutricionista, todo mundo trabalha", completa. Sobre os motivos da fraca campanha em grande parte de 2007, ele prefere não opinar.

Há dez anos na Baixada, dois momentos marcam a história deste capixaba de 59 anos no Furacão. Primeiro, na arquibancada. Depois, nos bastidores. "Cheguei em Curitiba vindo de Londrina em 1960. Vieram eu, meu pai e meu irmão na frente para esperar a mudança. Domingo, sem nada para fazer, perguntamos onde tinha um futebol e o rapaz do hotel indicou o campo do Atlético. Com a Baixada cheia, fiquei empolgado e virei atleticano", relembra.

Com o tempo, acabou se afastando dos estádios. Até que, em 1997, trabalhando na construtora Taj Mahal, conheceu Mário Celso Petraglia em uma negociação imobiliária. "Quando saí da empresa, já tínhamos uma amizade e ele me convidou para organizar a área administrativa do Atlético."

Em seguida à sua entrada, virou superintendente durante a mudança do estatuto do clube, cargo que ocupa oficialmente até hoje. E desde que passou a ter ligações diretas com o time, ele destaca o título nacional. "Eu assumi logo na chegada do Geninho. Foi uma união muito forte, uma alegria indescritível. Ninguém botava fé no Atlético."

ß André Pugliesi

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