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O paranaense Jadel Gregório, 26 anos, luta a favor de uma tradição e contra outra hoje, às 8h30, na final do salto triplo do Mundial de atletismo de Osaka, no Japão.

Sua prova é a que o Brasil mais revelou nomes importantes para o atletismo mundial. É o caso de Adhemar Ferreira da Silva, Nelson Prudêncio e João do Pulo, todos ex-recordistas do salto triplo. A prova também é a disputa na qual o país amealhou mais medalhas olímpicas no atletismo: seis (dois ouros, uma prata e três bronzes).

Em Mundiais, competição surgida em 1983, porém, a situação é diversa para o Brasil, que possui tradição de fiascos. Nunca foi ao pódio. E Jadel tem histórico decepcionante: foi quinto em Paris-03 e sexto em Helsinque-05. Não bastasse isso, o país ainda busca seu primeiro ouro.

Nas duas vezes em que competiu no evento, Jadel era candidato ao pódio. A situação se repete agora. Desta vez, com contornos mais favoráveis ao brasileiro. Ele ostenta os dois melhores saltos deste ano.

Em maio, no GP de Belém, conseguiu a marca de 17,90 m, quebrando o recorde sul-americano da prova, que era de João do Pulo havia 32 anos. Para facilitar ainda mais, o sueco Christian Olsson, ouro olímpico em Atenas-2004, machucado, desistiu do Mundial.

Mas, mesmo sem ele na disputa, Jadel não conquistou a melhor marca no classificatório de anteontem. Nelson Évora, 23, cabo-verdiano naturalizado português, saltou 17,22 m.

O brasileiro fez 17,10 m, mesma marca de Walter Davies (EUA), atual campeão mundial. "Na eliminatória busquei só a passagem à final. Não fiz um bom salto na primeira tentativa (16,84 m). Mas na segunda alcancei o resultado que precisava e não saltei mais", explica, otimista em quebrar o tabu. "Nunca cheguei em tão boa forma a um Mundial como agora", conclui.

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