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Credibilidade

Novos casos reforçam combate antidoping, diz IAAF

A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) afirmou ontem que os casos de doping envolvendo astros do esporte, como o norte-americano Tyson Gay e o jamaicano Asafa Powell, servem para reforçar a credibilidade do programa antidoping da entidade.

Segundo o porta-voz da entidade, Nick Davis, o programa "cresce, e não diminui, toda vez que revelamos um novo caso". Ele evitou comentar os casos de Powell e Gay porque as análises ainda não foram finalizadas. Mas reforçou o comprometimento da IAAF com a denúncia de casos semelhantes.

"O compromisso da IAAF com programas antidoping no atletismo é firme, porque temos a obrigação ética com a maioria dos atletas que acreditam em um esporte limpo", afirmou o porta-voz. A manifestação oficial da IAAF tenta minimizar os danos causados ao atletismo pela revelação dos casos de doping que abalaram o mundo esportivo neste domingo.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, também optou por apontar o lado positivo dos novos casos de doping. "Estou naturalmente desapontado, e gostaria de reiterar a nossa política de tolerância zero contra o doping", disse Rogge.

Agência Estado

O escândalo de doping que abalou o atletismo jamaicano teve mais um nome revelado ontem. Um dia depois da confissão de envolvimento dos velocistas Asafa Powell e Sherone Simpson, ambos campeões olímpicos, agora foi a vez de Allison Randall, do lançamento de disco, também admitir que teve resultado positivo no exame antidoping.

Segundo a notícia divulgada no domingo pelo jornal jamaicano The Gleaner, seriam cinco os casos positivos de doping no atletismo da Jamaica. No mesmo dia, Asafa Powell, ex-recordista mundial dos 100 metros e medalhista de ouro no revezamento 4x100 metros nos Jogos de Pequim-2008, e Sherone Simpson, que foi campeã olímpica do revezamento 4x100 metros em Atenas-2004, já admitiram que estavam entre os atletas envolvidos no escândalo.

Ainda no domingo, o atletismo mundial teve a revelação de outro grande caso de doping: o norte-americano Tyson Gay. Campeão mundial dos 100 metros em 2007, ele era dono do melhor tempo da prova nesta temporada, com 9s75, e despontava como favorito ao pódio no Mundial de Moscou, em agosto, na Rússia. Mas admitiu que seu exame, realizado fora das competições (em 16 de maio), teve resultado positivo, sem, no entanto, revelar a substância.

Ontem, foi a vez de Allison Randall, de 25 anos. Assim como Asafa Powell e Sherone Simpson – os dois tiveram detectadas no organismo a substância oxilofrina, um estimulante proibido pela Agência Mundial Antidoping (Wada) –, ela foi flagrada durante as seletivas da Jamaica para o Mundial de Moscou, realizadas no mês passado.

Em entrevista a uma rádio jamaicana, Randall disse ter ficado surpresa ao receber a notificação da Comissão Antidoping da Jamaica. "Eu não ingeri nenhuma substância proibida de forma intencional. Estou extremamente chocada e surpresa com este incidente", afirmou a atleta.

Repercussão

Os atletas envolvidos nos mais recentes casos de doping já começam a sofrer as consequências. Tyson Gay, por exemplo, perdeu ontem o apoio da Adidas, que era seu principal patrocinador. O acordo, firmado em 2005, foi suspenso. "Estamos chocados com estas alegações recentes. E, ainda que acreditemos na sua inocência até que se prove o contrário, nosso contrato com Tyson está suspenso", declarou uma das gigantes mundiais no fornecimento de material esportivo.

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