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A Federação Paranaense de Futebol (FPF) abriu uma exceção e autorizou, no início da noite de ontem, a presença do tradutor Jost Vieth (pronuncia-se Iost Fit) ao lado de Lothar Matthäus, amanhã, contra Galo Maringá, na estréia oficial do treinador à frente do Atlético.

A primeira experiência internacional no comando rubro-negro exigiu uma liberação especial, pois o artigo 16 do regulamento do Campeonato Paranaense prevê a presença apenas do técnico, preparador físico, médico, massagista e sete suplentes no banco de reservas.

Alertado pela Gazeta do Povo, o clube encaminhou o pedido à Federação. Segundo a entidade, em casos omissos como esse, a solução cabe ao árbitro da partida. O juiz sorteado para a partida, Vágner Vincentin, foi consultado pelo presidente da Comissão de Arbitragem, Afonso Vitor de Oliveira, e garantiu o trabalho da dupla alemã ao lado do campo, nesse domingo.

Entretanto, segundo o presidente da FPF, Onaireves Moura, a medida foi apenas provisória e o caso será estudado para se buscar uma resolução definitiva para o restante do campeonato.

Consultado pela Gazeta do Povo, o ex-árbitro José Roberto Wright alerta que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também terá de se posicionar para os jogos de Matthäus no Brasileiro. "É uma situação inusitada e que não está prevista. Algo novo para o nosso futebol", comentou.

Vieth chegou ontem a Curitiba e será apresentado oficialmente hoje ao elenco atleticano. Muito cansado após 16 horas de viagem e ainda sem ter conversado com Matthäus, ele preferiu falar pouco sobre o seu novo trabalho.

"Não sei ainda como será. Mas vou tentar transmitir não só as palavras, mas toda a intenção e a emoção do treinador", comentou. "Como o futebol é universal, acho que não teremos problemas e que será interessante essa mistura entre o futebol brasileiro e alemão", completou.

Em meio a vários currículos enviados ao clube, o nome de Vieth foi escolhido pelo domínio da língua e pela experiência na modalidade.

"Ele não é só um tradutor, é um auxiliar técnico. Além de falar extremamente bem o português, domina o vocabulário do futebol", justificou Matthäus, que conheceu seu novo "sombra" na Alemanha, quando estava acertando sua vinda para o Atlético.

O alemão aprendeu o português em 1998, quando atuou como observador de atletas e auxiliar técnico das categorias de base do Internacional. Na Alemanha, trabalhou nas categorias de base do SV Rugenbergen, ETVS Altona e Hamburgo.

Vieth já conhecia o Atlético. Em 2002, ele trabalhava na empresa UFA Sports Sulamerica, que tentou uma parceria com o clube. "É um clube filé mignon do futebol brasileiro", definiu.

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