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Vinte horas preso em uma sala no aeroporto de Dallas, sem comer e com direito a dar apenas um telefonema. Depois, ainda passar pela humilhação de ser escoltado como um criminoso até o avião que o traria de volta ao Brasil. Pela segunda vez, o surfista paranaense Jihad Khodr foi barrado ao tentar entrar nos Estados Unidos para participar da etapa de Haleiwa, no Havaí, do WQS, a divisão de acesso do surfe mundial.

Muçulmano e filho de libaneses, dessa vez o problema não teria a ver com discriminação religiosa, mas sim pela falta do visto adequado. Jihad tinha apenas o de turista, com validade até 2009 (que também acabou cancelado), e não o de negócios, que foi o exigido.

Em 2003, o paranaense já havia sido detido por cinco horas no aeroporto de Washington, mas, depois de muitas explicações, conseguiu entrar no país. Após o incidente, não havia mais enfrentado o problema. Nesse ano, por duas vezes foi aos Estados Unidos, mas sempre entrou por Los Angeles.

Na semana passada, mesmo Dallas sendo apenas uma escala não houve argumentação. O surfista teve de voltar ao Brasil, corre o risco de ficar fora das duas últimas etapas importantes do WQS e, assim, ver o sonho de subir à elite do surfe mundial (WCT) acabar antes do previsto.

Atual campeão brasileiro, Jihad é o 25.º colocado no ranking da divisão de acesso. Para conseguir uma vaga no WCT precisaria subir no mínimo 10 posições. Na prática, um 5.º e um 3.º lugares nas duas etapas havaianas.

A primeira competição, o OP Pró, que deveria ter começado domingo, por falta de ondas ainda não iniciou, dando esperanças a Jihad. No momento, o surfista está tendo dificuldades para marcar uma entrevista no consulado norte-americano, em São Paulo. O órgão só tem datas disponíveis em fevereiro e não está querendo receber o surfista de modo emergencial. O atleta já recorreu até ao Ministério dos Esportes que prometeu intervir para agilizar o processo.

Jihad não deu entrevistas sobre o assunto.

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