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Por muito pouco o paranaense Jihad Kohdr não conseguiu uma vaga definitiva entre os 44 melhores surfistas que integrarão o World Championship Tour (WCT) em 2006 – ficou em 17.º na divisão de acesso (WQS), uma posição acima da faixa de classificação para a elite da modalidade no planeta.

Apesar da ponta de frustração de ter chegado tão perto do objetivo, o ano de 2005 foi de conquistas para o competidor de Matinhos, litoral do estado. Aos 21 anos, Jihad subiu duas vezes no pódio em provas das mais valiosas do WQS (África do Sul e Brasil). De quebra, conseguiu entrar para disputar a etapa brasileira da primeira divisão como convidado (no mês de novembro, em Florianópolis).

"Foi meu melhor ano dos três como profissional. Não perdi o acesso no Havaí (última etapa do ano), foi na França quando em três campeonatos fui mal. Mas não se lamenta nada na vida. Estou entre os 50 melhores do mundo em um ranking de quase 200", afirmou de Matinhos, onde passa as férias com a família.

Agora, para a nova temporada que começa em fevereiro, o pupilo de Peterson Rosa quer chegar ao título mundial na divisão de acesso. "Esse é meu grande objetivo", disse. Além disso, ele será a segunda opção da Associação dos Surfistas Profissionais (ASP) para eventuais ausências de algum integrante da elite – pode ser o primeiro reserva se o australiano Marc Occhilupo confirmar a aposentadoria.

Mesmo sem estar qualificado entre os 44 melhores do mundo, o paranaense pretende estar em pelo menos 50% dos eventos do WCT (ao todo, são 12). Afinal, a boa performance no ano que está acabando rendeu a renovação de contrato com o patrocinador. Trata-se de uma marca de roupas para surfe que promove quatro etapas da elite, o que garante a presença de Jihad nesses torneios. Somando-se a perna do Brasil – que sempre convida os principais nomes nacionais – a porcentagem esperada já está próxima de ser alcançada.

"Conheço boa parte dos estrangeiros e sei que posso estar entre eles. Para toda etapa que eu for convidado vou entrar para vencer. Vou apavorar os gringos e mostrar por que meu pai me deu o nome de Jihad (esforço no caminho de Deus, em árabe)", prometeu.

Outra aposta de Jihad para se dar bem em 2006 é o longo período que terá sem competições entre os meses de março e abril. Após o início dos campeonatos, em fevereiro, Jihad está confirmado na estréia do WCT na Austrália. Depois terá mais 30 dias para conhecer pontos mágicos das ondas, onde ocorrem provas da elite – Fiji, Bali e Tahiti, por exemplo.

"Nunca tive isso. Sempre investi muito nas competições e tinha pouco tempo para treinar ou fazer filmes e tirar fotos. Isto será muito importante", garantiu. Por enquanto, longe das disputas, Jihad apenas curte as ondas em Matinhos para voltar com tudo. "Estou fazendo o que não fiz o ano todo. Curtindo altas gatas e ficando com a família. Ainda bem que agora estão batendo altas ondas por aqui", vibrou.

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