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Um cara tranquilo, apegado à mãe, fanático pelo Atlético e que não perdia um jogo do Rubro-Negro. Esse é o relato que amigos do estudante de Direito João Henrique Vianna, 21 anos, fazem do rapaz morto ontem, em decorrência de um atropelamento por um torcedor rival quando retornava do Couto Pereira para a Arena, na escolta policial aos fãs atleticanos que foram ao Atletiba, no domingo.

"Ele tinha até uma tatuagem em homenagem à mãe (Ana Maria Mendes) nas costas. Era muito calmo e tranquilo. Se alguém merecia morrer ali, não era ele. Não participava de festas de torcida e muito menos de brigas", diz o estudante Eduardo Marques, 19 anos, que estava no mesmo grupo de rubro-negros depois do clássico.

João Henrique não era integrante de torcida organizada, mas era sócio-torcedor do Atlético. Na Arena da Baixada, sua cadeira ficava no setor 104 da reta inferior da Getúlio Vargas. Local onde fez várias amizades durante as partidas do Furacão.

"Conhecia ele de conversar durante os jogos. Era mesmo muito calmo. Gostava de comentar o jogo com ele", conta o torcedor André Maria Fonseca, 21 anos, outro que viu o acidente de perto. "Ele voou uns três, quatro metros para cima. Bateu com a cabeça no alto do parabrisa. Estava com um capuz na cabeça e demoraram para perceber que era ele quem estava caído", acrescenta o amigo.

Ontem, logo após a confirmação da morte cerebral do rapaz por volta das 18h50, familiares e amigos deixaram o Hospital do Trabalhador, no bairro Portão, e foram para a casa da família no bairro Cabral, em Curitiba. Eles pediram à imprensa que não fosse ao local, onde seriam definidos detalhes sobre o velório e o enterro.

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