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O goleiro Renan Rocha foi bastante acionado na partida do Albino Turbay, em Cianorte | Dirceu Portugal/ CIA9
O goleiro Renan Rocha foi bastante acionado na partida do Albino Turbay, em Cianorte| Foto: Dirceu Portugal/ CIA9

Opinião

Organizado e eficiente

Vinicius Boreki, repórter

O Atlético mostrou organização tática, muita vontade e eficiência sob o comando de Adilson Batista. Ao contrário de outras partidas fora de casa, em que o Rubro-Negro venceu com maior margem de gols, o magro 1 a 0 deve ter dado mais esperança à torcida. Explico: apesar de a inconstância defensiva persistir, a semana de trabalho do novo treinador parece ter sido mais produtiva, pois a equipe esteve bem taticamente no meio, com Baier mais solto devido à presença dos três volantes (Deivid, Róbston e Kléberson). Não há tempo, no entanto, para Adilson corrigir as dificuldades apresentadas pelos zagueiros e laterais contra o Cianorte, pois um difícil duelo com o Bahia já se apresenta pela Copa do Brasil. Não só o adversário assusta, mas a pressão dos torcedores do Tricolor baiano testarão os nervos dos jogadores e do técnico atleticano.

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Sem brilho, mas com muito suor. Foi assim a estreia de Adilson Batista no comando do Atlético. Mesmo com pouco tempo de trabalho, o Furacão mostrou equilíbrio tático e disposição para vencer o Cianorte, ontem, no interior do estado. As novidades começaram antes de a bola rolar. O técnico sacou o centroavante Lucas e optou pela escalação de três volantes – Deivid mais fixo na proteção à zaga, Róbston pela direita e Kléberson pela esquerda –, seguindo a formação usada no Cruzeiro, Corinthians e Santos, seus antigos clubes.

Apesar das mudanças, o gol solitário veio em uma jogada já conhecida pela torcida e pelos adversários: a bola parada. Após escanteio cobrado por Paulo Baier, Guerrón marcou de cabeça, mantendo a perseguição ao líder Coritiba. No restante da partida, os goleiros Renan Rocha e Marcelo mostraram mais inspiração do que os atacantes.

O resultado positivo, contudo, não mascarou as falhas rubro-negras, sobretudo no setor defensivo. No segundo tempo, o treinador colocou o zagueiro Bruno Costa no lugar do lateral-direito Wagner Diniz para dar mais consistência à defesa. "Sabíamos das dificuldades de jogar aqui, tivemos boas situações e a vitória foi importante", resumiu o técnico. A necessidade de evolução, contudo, foi reforçada por Adilson. "Infelizmente não temos tempo. Queria ter três ou quatro semanas cheias para trabalhar", declarou ele.

A escassez de dias para treinar se deve ao fato de na próxima quarta-feira o Atlético encarar o Bahia em Salvador, na primeira partida nas oitavas de final da Copa do Brasil. E o treinador aproveitou para deixar um recado ao elenco, evitando assim uma possível acomodação: "Perfeição não existe. O adversário e a competição mudam. Quem estiver bem, vai jogar".

Paulo Baier e Kléberson elogiaram a postura da equipe com o novo treinador. "O Adilson trabalhou taticamente o time, outros treinadores não tiveram essa oportunidade. Fomos muito bem no primeiro tempo e no segundo", relatou o capitão Baier. "O aspecto positivo foi a forma como a equipe se equilibrou dentro de campo. Houve uma melhora grande e vamos evoluir a cada jogo", emendou o volante.

Prioridade

Sem saber o resultado do jogo do Coritiba, os jogadores entrevistados na saída de campo colocaram a Copa do Brasil como prioridade sobre o Paranaense, mesmo com Atletiba decisivo à vista. "Temos de fazer o nosso trabalho antes de torcer contra [o Coritiba]. A Copa do Brasil é um campeonato importante, um projeto do clube e vamos trabalhar firme para sermos campeões", declarou Kléberson, projetando o duelo com o Bahia na quarta-feira. "Vamos enfrentar um time da Série A, com alguns bons jogadores. Vai ser um jogo muito difícil", afirmou o capitão Paulo Baier.

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