Bill liberado
O atacante Bill recebeu apenas uma advertência do STJD pela expulsão contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil, em julgamento realizado ontem. O atacante havia sido denunciado no artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por jogada violenta e poderia pegar até seis jogos de suspensão. Com isso, ele está liberado para enfrentar o Ceará hoje.
É muito mais comum do que se pensa, em se tratando de jogadores profissionais. Antes de um confronto importante, como o de hoje à noite entre Coritiba e Ceará, surge uma indesejada dificuldade para dormir, tensão muscular, inquietação, as mãos suam, etc. Reflexos da ansiedade quando se está em jogo o rumo da temporada.
"É um compromisso que vale o ano. Isso pesa. Então é totalmente normal que a gente fique um pouco nervoso, ansioso. Da minha parte, consigo dormir numa boa. Fico mais apreensivo no dia da partida, quando acordo. Mas é a bola rolar e passa", diz o zagueiro Demerson.
O meia Davi sente menos. Ele diz administrar tranquilamente a costumeira tensão pré-decisão. "Fico ouvindo a minha música, no computador. Durmo bem. Só se eu engatar em um filme legal tarde da noite, aí complica", conta.
Bem diferente é o caso do atacante Leonardo que deve ficar no banco hoje à noite. Seja qual for o caráter da partida, decisivo ou não, ele precisa batalhar pelo sono da véspera. "Tenho muita dificuldade para dormir. Já tentei de tudo. Tenho de pedir para o departamento médico algum remédio relaxante para pegar no sono", revela.
"Sou uma pessoa ansiosa. Hoje eu estou bem melhor, mas no ano passado cheguei a jogar uma partida virado, sem dormir nada. Não é fácil", complementa. Pior para o parceiro de quarto, o volante Léo Gago, obrigado a aguentar Leonardo até altas horas vendo televisão.
A dificuldade não atinge somente quem vai para o gramado. Técnico também sofre. "De vez em quando eu acordo e acabo pensando sobre a partida, no que fazer, etc. Mas é raro, geralmente durmo bem. Principalmente porque confio muito no trabalho que estou desenvolvendo", comenta Marcelo Oliveira.
Para evitar qualquer tipo de situação, o Coxa trabalha o psicológico dos jogadores, de forma individual, desde a contratação. "Temos um atendimento especial. Procuro conversar com eles, saber do comportamento de cada um. É preciso entender a origem da ansiedade, do nervosismo", afirma Flávia Brenner, psicóloga do clube.
Segundo ela, os atletas são orientados a adotar técnicas de relaxamento e respiração, entre outros procedimentos. "Não é possível fazer alguma coisa de uma hora para outra. Apenas com o tempo podemos tratar e eles vão pegando o manejo de como lidar da melhor forma possível", explica.
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