O jornal francês "L'Équipe" estampou nesta quinta-feira na primeira página que o atacante Ronaldinho, do Milan, "está se perdendo". A publicação fala de sua suposta decadência usando o exemplo de um vídeo que circula na internet, no qual se pode ver o brasileiro tocando percussão em uma roda de samba.
A notícia repercutiu nos principais países da Europa, principalmente na Itália. A história ganhou repercussão em vários jornais, como o "Corriere dello Sport".
A gravação teria sido feita na casa noturna "Ermitage", em Paris, no domingo à noite, logo após o empate do Milan com o Atalanta. Na ocasião, Ronaldinho fez o gol que evitou a derrota do clube milanês, em mais um jogo no qual o time foi criticado por sua fraca atuação.
Nas imagens, o brasileiro mostra empolgação ao lado dos amigos. Na mesa, algumas garrafas de cerveja. E ao redor do grupo, fãs observam, cantam e tiram fotos.
"Aqueles que viram Ronaldinho contra o Peru [em abril, atuando pela seleção brasileira nas Eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo de 2010] foram talvez testemunhas da última partida internacional do jogador", diz o jornal, comentando que ele teria se tornado "excessivamente lento" e que sua atuação "não emociona mais".
A publicação afirma que a "técnica arrasadora" do brasileiro "é somente uma lembrança" e que ele aumentou de peso. Também cita uma "forte paixão pelo uísque", que arruína o "pouco que resta de seu formidável potencial atlético". Um físico, de acordo com o "L'Équipe", já destruído desde a época em que o jogador atuava no Barcelona e chegava no treinamento direto das festas, sem ter dormido.
O artigo acrescenta que o meia já ganhou mais de 100 milhões de euros, cerca de R$ 258,2 milhões, e que recebe anualmente 10,5 milhões de euros líquidos (R$ 27,1 milhões). Além disso, seu contrato com o Milan vai até 2011, e até 2016 a Nike pagará a ele 3,5 milhões de euros por temporada (R$ 9 milhões).
O diário continua e diz que, já com os "sonhos realizados", o brasileiro é "um jogador satisfeito. Sempre agradável", continua a publicação, que completa que "seus amigos dirão: a ideia do declínio não o atormenta. Ao ouvi-lo, é difícil encontrar, hoje, um homem mais feliz que Ronaldinho...".
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