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Executivos da Coca-Cola e dirigentes de Coritiba e Atlético participam da assinatura do acordo conjunto | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
Executivos da Coca-Cola e dirigentes de Coritiba e Atlético participam da assinatura do acordo conjunto| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

Dinheiro

Nome para a Arena está difícil

Enquanto comemora a entrada de novos recursos com o patrocínio da Coca-Cola, o Atlético lamenta as dificuldades para conseguir um novo anunciante para a Arena. "É uma das propriedades que o clube negocia", disse Paulo Verardi, sobre o ‘naming-rigth’ do estádio – sem vínculo desde a saída da empresa de eletrônicos Kyocera, em 2008: "Não é muito simples de ser negociar isso".

A principal queixa do diretor atleticano é sobre a cultura dos veículos de comunicação quanto à iniciativa. "Grandes veículos não trabalharam bem esse tipo de patrocínio", constatou.

Com a proximidade da Copa do Mundo e o período de treinamento da seleção brasileira no CT atleticano, entre 22 e 26 de maio, para exames médicos Verardi espera acelerar o processo, também investindo na imagem de praça da Copa 2014. A Arena foi indicada para receber os jogos em Curitiba.

"Devemos ter novidades, mas não me atreveria a dar um prazo", projeta o responsável pelo marketing rubro-negro, evitando criar expectativa.

Justiça

Ação contra Império em 15 dias

O novo patrocínio foi recebido pelo vice-presidente do Coxa, Vílson Ribeiro de Andrade, como um atestado do resgate da boa imagem do clube, prejudicada pela baderna no Couto Pereira na última rodada do Brasileiro do ano passado. "A imagem arranhada não é só no Coritiba. Acontece (violência) no Rio e em São Paulo, mas a imprensa não leva ao conhecimento do público", se defendeu. Mesmo satisfeito com o voto de confiança simbolizado pela nova parceria, o Coritiba segue agindo para minimizar os problemas causados para si em dezembro e para evitar novas confusões. Em 15 dias, a diretoria promete protocolar a ação que prometeu contra a torcida organizada Império Alviverde, ligada à confusão no Couto Pereira na última rodada do Brasileiro do ano passado. "Estamos levantando os valores e em uma ou duas semanas daremos entrada", confirmou Vílson Andrade. "O Coritiba acredita que iniciou uma nova etapa com as medidas que tomou. E esse patrocínio mostra que estamos no caminho certo", finalizou o dirigente.

Pelos próximos cinco anos, Atlético e Coritiba ganharam um refresco nos cofres. A dupla fe­­chou um inédito acordo de patrocínio conjunto com a Coca-Cola cujos valores não foram revelados. A ação vai envolver estratégias comerciais nos estádios e nos CTs. "Vamos poder ter bebidas com as marcas dos times, por exemplo. Já temos várias ações em estudo e não queremos estragar a surpresa", afirmou Bruno Pietrassi, diretor da empresa. Sabe-se no entanto que a marca do refrigerante não estará nas camisas dos times.

O contrato prevê exclusividade na venda de bebidas e divulgação das marcas da Coca e da Spai­­pa, fábrica paranaense do re­­frigerante, na Arena e no Couto. "É um marco histórico para o futebol paranaense. Nós sempre reclamamos muito da autofagia em relação ao patrocínio nos nossos clubes", comemorou Vílson Ri­­beiro de Andrade, vice-presidente do Coritiba.

O fato de a marca não ir para a camisa dos clubes não diminuiu o valor do negócio, segundo Paulo César Verardi, diretor de marketing do Atlético: "O modelo de par­­ceria segue o dos grandes clubes europeus, em que o patrocinador independe de estar na camisa para ter relevância financeira para os times."

A iniciativa inédita de somar forças em torno de um só patrocinador deixou de lado o Paraná Clube. Pietrassi, no entanto, justifica: "Com o Paraná temos uma parceria em outro formato", lembrando que as bebidas na Vila Capanema são de exclusividade da mesma empresa.

Ainda sobre contratos de exclusividade, o CT do Atlético re­­ceberá a seleção brasileira na segunda quinzena de maio e o time da CBF tem o patrocínio da concorrente Ambev, o que não foi impeditivo para a assinatura do patrocínio. "O CT do Atlético foi oferecido à CBF e será ela quem irá gerenciar, no período em que a seleção estiver aqui, as marcas que lhe interessam. Mas a distribuição interna, por exemplo, será com os nossos patrocinadores", confirmou Verardi.

O patrocinador também deverá fazer concessões ao Coxa. Primeiro, a eterna polêmica sobre o vermelho junto aos símbolos do clu­­be."Nós não discutimos isso", revelou Andrade, "no passado o patrocínio foi em preto, mas isso não será problema agora". Depois, o Coritiba não garantiu a mesma exclusividade do Couto Pereira em Joinville, onde o clube mandará 10 jogos na Série B deste ano. "O contrato é com o estádio e com o CT", disse o dirigente; a empresa, no entanto, disse já estar em contato com os administradores do estádio catarinense.

O contrato marca um novo período nas relações extracampo entre a dupla. "É uma nova visão. Atlético e Coritiba hoje têm uma noção clara de seu potencial", analisou Andrade. Verardi, entretanto, faz uma ressalva: "A soma das marcas pode agregar muito e que não existe nenhum impeditivo quanto a isso. Mas quero ressaltar: essa não é uma condição obrigatória para investir".

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