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Caso sejam punidos, Atlético e Coritiba devem jogar com portões fechados até o final do campeonato | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Caso sejam punidos, Atlético e Coritiba devem jogar com portões fechados até o final do campeonato| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

O Atletiba do último 4 de outubro, em que o Coritiba bateu o Atlético por 1 a 0, no Couto Pereira, continua na tarde de hoje em julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a partir das 13h30.

Enquadrados nos artigos 213 (deixar de prevenir desordem e lançar objetos em campo) e 206 (atraso de partida), os times podem perder até 20 mandos de campo cada – provavelmente jogos com portão fechado –, além de multa de R$ 100 mil, caso declarados culpados.

O desfecho nos tribunais pode ser decisivo para a reta final do Brasileirão, especialmente para o Coxa, que briga ponto a ponto para escapar do rebaixamento e tem utilizado o fator casa para respirar. O  Alviverde conta com todos os pontos nas três partidas que restam no Couto, contra Fluminense, Palmeiras e Bahia. E sem o apoio da torcida, as chances de jogar a Série B em 2015 aumentam consideravelmente.

Por isso, estratégia da defesa do Coritiba terá de ser certeira. A argumentação é de que os papéis higiênicos arremessados pela torcida coxa em direção ao túnel do vestiário do rival não tiveram o sentido de agressão, mas sim de festejo.

Em relação à falha na prevenção de segurança, que permitiu a entrada de artefatos explosivos no estádio – mesmo que arremessados pela torcida adversária –, o clube vai usar a identificação do responsável se eximir de culpa. "Vamos trabalhar primeiro com o fato de que foi realizada a identificação do responsável, através do sistema de câmeras do clube, com as imagens repassadas posteriormente para as autoridades policiais", esclarece o advogado do Coxa, Itamar Côrtes, que almeja ainda demonstrar que o clube fez tudo ao seu alcance para prevenir o fato.

Pelo lado do Atlético, são quatro jogos em casa até o fim da Série A, contra Atlético-MG, Sport, Santos e Goiás. Apesar de não estar completamente livre do rebaixamento, está mais tranquilo, e uma punição não seria totalmente prejudicial para esta edição do Brasileiro. O futuro, no entanto, é que preocupa.

O advogado do clube, Domingos Moro, reconhece que os antecedentes do Furacão podem atrapalhar, vide a punição de 9 jogos (cinco longe de Curitiba e quatro com portões fechados) que recebeu após o confronto da torcida com vascaínos na última rodada do Brasileirão de 2013, em Joinville.

Mesmo assim, ele aposta na identificação do torcedor atleticano que arremessou os explosivos na direção do gramado, Robert Wilson Jukowsi, e no fato de o Rubro-Negro ter se negado a vender ingressos para a própria torcida. "Será uma defesa técnica, sem teatro. Apresentaremos surpresas. O fato de o Atlético não ter vendido ingressos terá de ser analisado, pois é uma situação inédita no futebol brasileiro", confia Moro.

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