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Königstein, Alemanha – Destaque da seleção na fase preparatória para a Copa-2006, Kaká acelera na contramão das tendências do futebol mundial. Sem adquirir músculos em três anos de Europa, tornou-se exceção física no meio esportivo. Também evitou se preservar para o Mundial (ao contrário de celebridades da bola). Resta agora ganhar notoriedade.

Em 2002, quando era a aposta do futuro na seleção brasileira, o meia-atacante tinha apenas 20 anos, 1,83 metro e 74 quilos. Atualmente – mesmo diante do impacto nos treinamentos musculares adotados pelo Milan – mantém as mesmas medidas.

Depois de comandar a equipe de Parreira nas vitórias sobre o Lucerna (8 a 0) e a Nova Zelândia (4 a 0), o apoiador ficou em evidência. Ontem, ao comentar esse momento, mostrou que leva para o torneio da Fifa uma dose elevada de confiança.

"Fico feliz de saber que todos me vêem pronto para a Copa. Eu também me sinto dessa maneira, em grande fase, um momento excelente", destacou. "Procuro melhorar e crescer a cada dia. É o melhor momento da minha carreira. Estou no auge", assegurou.

Para chegar nesse ponto, o atleta rechaçou a tese do repouso – adotada por alguns dos principais nomes das 32 seleções. Sem se poupar, a revelação são-paulina participou de 49 partidas neste ano. Nenhum outro titular de Parreira fez tantas atuações em 2006.

"É físico mesmo. O fato de ser jovem ajuda muito", explicou.

Até Carlos Alberto Parreira elogiou a performance do pupilo. "É um exemplo de maturidade", destacou. O coordenador Zagallo chegou a citá-lo como possível destaque da Copa. "Está vivendo um momento explendido", citou.

Apesar do atual estágio, Kaká ainda se vê à margem dos colegas de "Quadrado Mágico". Em todas as entrevistas que concede, fala que entende o fato de ser coadjuvante ao lado das estrelas. "Mas a responsabilidade será a mesma para todos", avisa.

A falta de projeção, sobretudo perto dos dois Ronaldos, parece mais um sinal que o caçula do penta ultrapassa barreiras. Mesmo com recente auxílio da empresa Comcept Sports Consulting, especializada em assessoria de relações públicas, o apoiador parece longe de causar tanto impacto na mídia.

Na busca por projeção, em dezembro de 2004, chegou a receber o título de Embaixador da ONU no Combate à Fome – seguindo a estratégia de marketing de outros importantes colegas de profissão.

Mas o grande salto na carreira o jogador tem na ponta da língua: "Jogo numa seleção que me oferece essa oportunidade (de ser eleito o melhor do mundo). E acho que isso pode vir a acontecer".

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