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Em oito meses no Coritiba, Ariel marcou apenas quatro gols. Até agora cada bola na rede do argentino saiu  por US$ 325 mil | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Em oito meses no Coritiba, Ariel marcou apenas quatro gols. Até agora cada bola na rede do argentino saiu por US$ 325 mil| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

René apoia Ivo

René Simões, treinador que reconduziu o Coritiba à Série A em 2007, voltou a ser lembrado pela torcida após o empate por 1 a 1 com o Cianorte – no domingo. Ciente do fato (leia-se insatisfação com Ivo Wortmann), o ídolo alviverde revelou que torce pela reação do colega de profissão e amigo – e que inclusive já lhe prestou apoio.

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O Coritiba conquistou o campeonato citadino de 1933 na penúltima rodada do torneio, em 10/09/1933, ao vencer o Ferroviário por 2 a 0, gols de Gildo e Levoratto. O time alviverde foi a campo com a seguinte formação: Esmanhoto; Anjolilo e Pizzatto; Contin (Nide), Ninho e Guarani; Levoratto, Gildo, Emílio, Pizzattinho e Érico. Em sua campanha, o Alviverde acumulou sete vitórias e uma derrota apenas. Na decisão do título estadual, em 17/12/1933, o Coritiba enfrentou e venceu por 4 a 0 o Nova Rússia, de Ponta Grossa. Destaque especial para o atacante Levoratto (Leonildo Luiz Levoratto), artilheiro da competição.

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São oito meses de adaptação ao futebol brasileiro, 21 jogos e apenas quatro gols. As estatísticas do centroavante Ariel Nahuelpan nem de longe condizem com a fama pela qual ele foi contratado. O argentino precisou de bem menos tempo para marcar sete gols no primeiro semestre do ano passado, na segunda divisão de seu país, pelo Nuevo Chicago. Chegou a ser chamado de "Keirrison da Argentina" pelos dirigentes alviverdes que o viram atuar. E até Dorival Júnior afirmou que estava de olho no atleta fazia tempo.

Talvez por isso, o Coritiba tenha feito o esforço financeiro para pagar US$ 1, 3 milhão e ficar com 80% dos direitos econômicos do jogador. Mas, agora, sem demonstrar o futebol alardeado, a única conta que sobrou para ser feita é a de que os gols de Ariel são os mais caros na história do clube. Até aqui, custaram nada menos do que US$ 325 mil cada.

"É incrível o que está ocorrendo" afirma Eduardo Dreyer, ex-jogador do Coxa dos anos 70, também argentino, que é espécie de padrinho do centroavante em Curitiba. "Mas tem de ter paciência. Tenho certeza de que vai dar certo. Agora ele está sendo muito criticado, mas vai aguentar e ainda dar muitas alegrias ao clube".

Um dos possíveis motivos para que o jogador não tenha conseguido deslanchar é o esquema de jogo utilizado no Coxa. Desde o ano passado o time tem como referência de área um atleta mais leve e habilidoso – joga mais no chão e cruza pouco. Mas, para o técnico Ivo Wortmann, o problema é ainda a diferença entre a maneira de se jogar futebol nos dois países.

"Não é fácil para quem nunca teve essa experiência. Sair da segunda divisão da Argentina para pegar um time de ponta no Brasil. Ainda com 19 para 20 anos, recém-casado... Se isso já é difícil para os mais experientes, o que dirá para ele", afirma Ivo Wortmann.

Ariel vê um problema mais simples de ser resolvido: "Não é adaptação, mas sim continuidade. Preciso de uma sequência, como todo jogador, para poder render", diz, lembrando o fim de 2008, quando atuou em quatro jogos seguidos e marcou dois gols.

A história de Ariel não é novidade no Alto da Glória. Nesta década, o Coritiba não teve muita sorte com jogadores estrangeiros. O primeiro foi o atacante Miodrag Andjelkovic, sérvio vindo do Fluminense, no começo de 2002, mas que ficou apenas três meses no clube. Na mesma época, o também sérvio Nikola, goleiro que nem chegou a atuar.

De todos, o de maior destaque e rendimento foi Aristizábal, que em 2004 marcou 12 gols – mas perdeu tantos contra o Olímpia, no Paraguai, que comprometeu a classificação do Coxa na Libertadores. Isso sem contar o xerifão uruguaio Esmerode...

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