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Como aconteceu a tragédia de Goiânia |
Como aconteceu a tragédia de Goiânia| Foto:

A sexta-feira passada foi especial para Keirrison. Após ficar duas rodadas de castigo, sem sequer ser relacionado para o banco de reservas, o artilheiro do Coritiba na Série B com seis gols participou do jogo com o Remo (vitória alviverde por 2 a 1). Era tudo o que o garoto de 18 anos, cuja multa rescisória para transferências internacionais bate na casa dos US$ 20 milhões, precisava para tentar convencer de vez o técnico René Simões a lhe dar a camisa 9.

Incomodado com o exílio forçado de quem se viu sem opção a não ser acompanhar o time apenas pela televisão depois do empate por 1 a 1 com o Gama, há 13 dias, o atacante ainda não sabe os motivos que lhe fizeram perder prestígio em tão pouco tempo.

"Só peço uma seqüência de jogos", disse ele. "Aceito ser criticado quando perco gols, mas no caso da partida com o Gama eu nem tive chance de finalizar, a bola não chegou", acrescentou, evitando, no entanto, eleger culpados pelo baixo poder ofensivo da equipe contra os candangos.

É difícil encontrar uma resposta coerente para o entra-e-sai de Keirrison no time – ainda mais se levado em conta a última atuação, inclusive marcando gol. As atitudes mais recentes de René Simões indicam que nem mesmo o treinador sabe qual papel o xodó dos alviverdes desempenhará nesta caminhada de volta à Primeira Divisão.

Uma passagem durante a semana passada ilustra bem a contradição. O centroavante não havia sido relacionado para o jogos com os paraenses, na sexta-feira, mas devido à contusão de Henrique Dias, passou direto para a equipe titular, sem direito a estágio entre os suplentes.

"Não importa se são os melhores, vão jogar os fortes e certos. Se não tiverem preparados, os melhores quebram", divagou o treinador, antes de falar especificamente de Keirrison. "Eu gostei da cara dele na conversa [reunião entre os jogadores e a comissão técnica] e da vontade durante o treino. Ele está mordido, ficou apertado por causa dos dois jogos ausente", comentou.

Há, porém, um terceiro fator que pode ter contribuído para o fim do ostracismo do prata da casa. Na quarta-feira, o Corinthians tentou levá-lo para o Parque São Jorge por empréstimo até o fim do ano usando justamente o argumento de que o atacante não vinha sendo utilizado pelo Coxa. Assim como o São Paulo, que já havia mandado emissários a Curitiba para sondar a situação de Keirrison e do meia Pedro Ken – o Tricolor paulista promete voltar a tentar a contratação da dupla no fim do ano –, o Timão levou um não como resposta. "Volta e meia surgem propostas, mas o meu pensamento está em classificar o Coritiba para a Série A", afirmou o atacante, feliz da vida com o recomeço.

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