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Keirrison assinou com Palmeiras, Coxa recebeu R$ 2 milhões, e a briga agora ficou pelos R$ 8 milhões restantes, agora nos tribunais | Hedeson Alves / Gazeta do Povo
Keirrison assinou com Palmeiras, Coxa recebeu R$ 2 milhões, e a briga agora ficou pelos R$ 8 milhões restantes, agora nos tribunais| Foto: Hedeson Alves / Gazeta do Povo

Entenda o caso na íntegra

No dia 15 de fevereiro deste ano, o departamento jurídico do Coritiba entrou com uma ação contra a então Massa Sports, agora Mais Sports Brazil. O clube alega que ocorreram irregularidades na renovação de contrato do jogador, em maio de 2006.

Na época, o atacante se recuperava de uma lesão no joelho e assinou com o Alviverde até 30 de abril de 2009. Este vínculo, na opinião do Coxa, anulou o anterior, que previa a partilha de 20% para o Coritiba, 40% para os irmãos Malaquias, e os outros 40% sendo alvo de uma disputa entre os Malaquias e o Astral, time amador de Curitiba e de propriedade de Gabriel Massa, filho do apresentador Ratinho e antigo sócio na Massa Sports.

Com um acordo no fim de setembro deste ano entre os Malaquias e Gabriel Massa, a Mais Sports ficou com a parte que era discutida em juízo, somando um total de 80%, além de se comprometerem a não usar mais o nome "Massa Sports".

"Quando a sociedade na Massa Sports foi rompida, entendemos que o Coritiba acabava por ficar com a totalidade dos direitos do jogador. A ação é passível de sentença agora, mas não sabemos o que vai acontecer", disse Gustavo Nadalin em outubro deste ano.

Já Marcos Malaquias comentou na ocasião que quem comprou Keirrison junto ao Cene-MS, em 2004, foi a sua empresa, e que o Coritiba teve a chance de ficar com a totalidade dos direitos federativos do K9 dois anos depois, por R$ 500 mil. Todavia, o então presidente Giovani Gionédis alegou falta de recursos e preferiu não comprar o atacante.

Keirrison é do Palmeiras. O jogador assinou nesta sexta-feira o contrato, inicialmente de três meses, com o Alviverde paulista e será apresentado nesta segunda-feira, às 11h30. Ao torcedor do Coritiba, resta como consolo poder ver o K9 pela última vez neste sábado, às 16h, no amistoso diante do Fluminense, no Couto Pereira. O jogador não vai a campo para jogar, mas sim para dizer adeus à torcida que alegrou na última temporada.

O último impasse envolvendo a negociação terminou em um encontro no Alto da Glória entre a diretoria do Coxa e os procuradores de Keirrison, os irmãos Marcos e Naor Malaquias, da Mais Sports Brazil. A empresa e o clube brigam na justiça por 80% dos direitos econômicos do atacante, e o fim da ação, iniciada pelo Verdão, era uma exigência dos agentes. Contudo, eles foram convencidos a aceitar a negociação, e o caso segue correndo judicialmente, sem qualquer envolvimento com a transferência.

"Aquela ação nós conseguimos isolar no novo contrato. O Palmeiras está adquirindo o Keirrison por um valor (R$ 2 milhões), referente aos 20% dos direitos econômicos. Os outros 80% não vão influenciar em nada agora", declarou Naor Malaquias, por telefone, à Gazeta do Povo Online. Após o fim do empréstimo de três meses, passa a valer o pré-contrato que o K9 já assinou com a Traffic (parceira do Palmeiras) em novembro de 2008, válido por cinco anos.

Segundo o procurador, Keirrison está muito feliz com o fim da "novela". "Ele ficou muito feliz e satisfeito, porque o negócio foi bom para todo mundo. É o projeto de carreira dele dando mais um passo adiante", completou Malaquias. Antes da apresentação oficial no Parque Antártica, Keirrison será apresentado ao elenco palmeirense, que está realizando a pré-temporada em Atibaia, no interior paulista. No mesmo dia da apresentação do jogador, o clube anunciará a Samsung como nova patrocinadora do clube.

A diretoria do Coritiba ainda não anunciou como será a despedida e a provável homenagem a Keirrison no Couto Pereira.

Disputa por R$ 8 milhões continuará nos tribunais

Enquanto Keirrison poderá prosseguir jogando, agora pelo Palmeiras, a Mais Sports Brazil e o Coritiba continuarão brigando por cerca de R$ 8 milhões, valor envolvido na transação realizada entre os irmãos Malaquias e a Traffic, por 80% dos direitos econômicos do jogador, em novembro do ano passado. O valor só entraria na conta da empresa em abril, com o fim de contrato do jogador com o Coxa, mas os advogados alviverdes conseguiram uma liminar impedindo que os agentes recebessem o valor, retomando a porcentagem do K9, no início de dezembro de 2008.

A justiça aguarda que a Mais Sports e a Traffic apresentem toda a documentação referente à transação, o que ainda não foi feito, de acordo com Naor Malaquias. "Ainda não apresentamos tudo, mas não vai afetar em nada o Keirrison. Vamos resolver este caso depois", resumiu o procurador, não temendo perder o valor que julga de direito da Mais Sports, empresa que levou o K9 do Cene-MS para o Alto da Glória, em 2004.

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