A história da segunda vitória do Coritiba no Paranaense tem um personagem central. Em pouco mais de uma semana, o garoto Keirrison, de 17 anos, viu sua vida se transformar. Revelação da Copa São Paulo Júnior, competição em que terminou como vice-artilheiro com oito gols, o atacante interrompeu as férias (foram apenas cinco dias de descanso) para se apresentar ao time profissional. Foi convocado pelo técnico Márcio Araújo para ajudar a tirar o Alviverde das últimas colocações do Estadual.
Na sua estréia, contra o Londrina, só não fez o gol por causa do companheiro de ataque Ludemar, que tirou a bola em cima da linha. Na partida seguinte, diante do Roma, Keirrison entrou aos 42 minutos do segundo tempo. Na primeira vez em que pegou na bola, quase marcou. Parou no goleiro adversário.
Mas ontem não teve jeito. Debutando no Couto Pereira, o atacante, enfim, balançou a rede. Na emocionada comemoração, abraçado aos companheiros, agradecimento a Deus e beijos no distintivo do clube. "Acho que fiz uma boa partida. Espero poder ajudar ainda mais o Coritiba contra o Toledo. Quero dar ainda mais alegrias a essa torcida", disse o camisa 9.
Keirrison não era a primeira opção do técnico Márcio Araújo. Com a confirmação da lesão do titular Jéfferson, o treinador testou e confirmou Júlio Madureira no time. Na hora do jogo, porém, optou pelo prata da casa.
"Isso depende da intuição do treinador. O Keirrison vive um momento importante, de euforia. O gol é a prova maior de que as coisas estão acontecendo para ele", elogiou o técnico, que explicou também o porquê da saída de Renan no segundo tempo.
"O Renan é muito importante para nós. Não quis deixá-lo mais tempo em campo para não correr o risco de perdê-lo para o restante da competição. Vai que ele toma um pontapé e se machuca. O prejuízo seria muito maior", afirmou. "A vitória foi muito boa. Tenho certeza de que a gente ainda vai crescer muito mais", completou o técnico.
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