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Kleberson (à direita) treina ao lado do também paranaense Miranda e do meia Ramires | Divulgação / CBF News
Kleberson (à direita) treina ao lado do também paranaense Miranda e do meia Ramires| Foto: Divulgação / CBF News

Kléberson era quase um desconhecido no início de 2002. Passados sete anos, não custa lembrar, o volante é um campeão do mundo que refaz a sua trajetória para voltar ao ponto de partida. Desde terça-feira, na fria Granja Comary, em Teresópolis (RJ), ele é de novo um jogador da seleção brasileira - dessa vez, disposto a recuperar o tempo perdido.

"Posso dizer que é o meu recomeço", disse Kléberson, sem esconder a emoção de conceder dezenas de entrevistas na tarde gelada, minutos antes do treino da seleção sob olhar severo de Dunga. "Estou muito contente com a minha volta. Estava com saudade."

A última vez que ele vestiu a camisa da seleção foi em 2004, quando foi convocado pelo técnico Carlos Alberto Parreira para disputar a Copa América do Peru. Teve uma participação discreta, apesar de trazer na bagagem o título de campeão mundial na Copa de 2002, na Coreia do Sul e Japão.

Naquele Mundial na Ásia, seu parceiro de meio-de-campo titular da seleção era o volante Gilberto Silva. Nesta terça-feira, os dois se reencontraram e mataram a saudade. "Fiquei emocionado. O Gilberto veio me dar as boas vindas. Ele sempre me ajudou muito na seleção", contou Kléberson. "Já estava na hora dele voltar. Estou muito feliz que tenha voltado. Falei para ele que ficasse tranquilo, à vontade, aqui. É um ambiente que o Kléberson conhece muito bem", disse Gilberto Silva.

Os dois volantes não eram badalados em 2002. Foram convocados de surpresa por Felipão. Seriam meros reservas. Mas conquistaram espaço no time e chegaram ao final da Copa como titulares absolutos. Gilberto Silva seguiu adiante. Fez sucesso no futebol inglês e nunca mais perdeu sua vaga na seleção. Kléberson, por outro lado, despencou: pulou de clube em clube até parar no Flamengo, onde está desde o ano passado.

Voltando no tempo, ele garantiu sua convocação para o Mundial de 2002 em cima do laço, nas últimas listas de Felipão. A história se repete agora. Com a contusão de Anderson, desconvocado para se submeter a uma cirurgia, Kléberson foi lembrado por Dunga a quase um ano da abertura da Copa de 2010.

"Pode ser coincidência. Estou voltando para a seleção quando o grupo da Copa de 2010 começa a ser definido. Estou muito feliz. Vim para ajudar este grupo que tem jogadores de altíssimo nível. Vou lutar muito para garantir meu espaço e disputar outra Copa", avisou Kléberson.

Mas, já na sua apresentação à seleção, ele se atrasou e levou uma bronca da comissão técnica. "Eu estava em Curitiba, o aeroporto fechou e abriu só 30 minutos depois. Cheguei no Rio quinze minutos atrasado e acabei viajando de carro (a seleção foi de ônibus do Rio para Teresópolis, na noite de segunda-feira). Me desculpei. Sempre se leva um puxão de orelha, pois tinha uma programação para ser cumprida", contou Kléberson.

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