Amigos de longa data, os técnicos Carlos Alberto Parreira e Juergen Klinsmann tiveram nesta quinta-feira, no Rio, um encontro que pretendem repetir outras duas vezes nos próximos oito meses. O próximo já está marcado: 9 de dezembro, em Leipzig, no sorteio dos grupos da Copa do Mundo. Quanto ao terceiro, eles esperam que seja em Berlim, dia 9 de julho, na decisão do Mundial.
- Temos um time muito jovem, mas vamos dar o nosso melhor para chegar à final. Seria muito interessante reencontrar o Brasil - afirmou Klinsmann em uma entrevista coletiva ao lado de Parreira, nesta quinta-feira, último dia do 2º Fórum Internacional de Futebol - Footecon.
- Não podemos negar que o Brasil chega à Copa como favorito. É claro que favoritismo não ganha jogo, mas estamos preparados e motivados - disse Parreira.
Na coletiva, Klinsmann também demonstrou confiança em sua equipe, mas admitiu que, para a Alemanha chegar à sua oitava final de Mundial, a tradição e o apoio da torcida serão quase tão importantes quanto o futebol da nova geração do país.
- Especialmente para uma equipe jovem como a nossa, a torcida pode fazer uma enorme diferença - observou ele.
Klinsmann reconheceu não ter tantos talentos à disposição como tiveram treinadores alemães do passado, como em sua própria época de jogador. Segundo ele, dois fatores contribuem para o declínio do futebol em seu país: o fim dos jogos na rua e o grande número de estrangeiros em atividade na Alemanha.
- A Alemanha tinha futebol de rua, hoje não tem mais. E é na rua que se descobrem os talentos. Além disso, o grande número de estrangeiros dificulta o desenvolvimento dos jogadores alemães - lamentou ele.
Embora seja um ídolo do futebol do seu país, titular na Alemanha tricampeã na Copa de 1990, Klismann ainda não conseguiu dar à sua equipe um padrão de jogo compatível com uma seleção sempre considerada favorita em Mundiais. Faltando menos de um ano para a Copa de 2006, a Alemanha amarga um jejum de 16 partidas sem vitória contra outras equipes de ponta do futebol mundial.
Mas Klinsmann garante que o retrospecto não o incomoda, apostando na tradição de quem já chegou sete vezes à decisão da Copa.
- Não estou preocupado porque, no mais tardar até a Copa do Mundo, já estaremos prontos para ganhar de qualquer um - disse o treinador.
Principal atração do evento organizado por Carlos Alberto Parreira, Klinsmann fez questão de ter o técnico brasileiro ao seu lado durante a coletiva. E não escondeu a admiração pelo treinador que levou o Brasil ao tetracampeonato, em 1994.
- Eu sou um técnico jovem e tenho muito o que aprender com Parreira. Ele é um técnico que se preocupa com cada detalhe, não deixa nada ao acaso - afirmou Klinsmann, de apenas 41 anos.
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Leia o relatório completo da Câmara dos EUA que acusa Moraes de censurar direita no X
-
Revelações de Musk: as vozes caladas por Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
-
Mundo sabe que Brasil está “perto de uma ditadura”, diz Bolsonaro
Deixe sua opinião