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É inacreditável o baixo nível da arbitragem do futebol brasileiro. A cada rodada são abundantes as reclamações de clubes e torcedores. Jogadas de gol mal anuladas, pênaltis não assinalados, violência física entre os jogadores e nenhuma providência do setor competente da Confederação Brasileira de Futebol.

Há momentos em que chego a imaginar que determinados árbitros agem com más intenções ou revelam explícita incompetência técnica por má-fé. Vou exemplificar usando os últimos jogos do Paraná Clube. Jogou contra o Vitória em Salvador e o juiz não marcou pênalti claríssimo contra os baianos. O jogo foi decidido por diferença de um gol: 4 a 3. Em Criciúma a arbitragem validou o segundo gol, o da vitória local, em escandaloso impedimento. Vitória do Criciúma por 2 a 1.

Na última terça-feira, na Vila Capanema, a CBF escalou um juiz goiano de quinta categoria na partida contra o Avaí. Resultado do jogo: empate por 1 a 1. O incapaz que tinha o apito sob suas insanas ordens deixou de marcar duas penalidades máximas a favor do Paraná. Não posso acreditar que o pessoal da CBF não tome conhecimento de tantas anomalias graves. A arbitragem brasileira mergulhou no esgoto da incapacidade absoluta. A CBF deveria ter mais atenção com os seus juízes e agir com rigor contra os descalabros desses ladrões da esperança de clubes e torcedores.

Não dá para silenciar diante de tantos fracassos dos árbitros brasileiros. A crise tem origem no critério de indicação dos árbitros: sorteio. O jeito certo de indicar os apitadores é pelo desempenho de cada um deles. Sorteio, pressupõe, é óbvio, ser sorteado para comandar um determinado jogo. Nada a ver com qualidade e honestidade. É certo que o sorteio está previsto em lei. E daí? Mude-se a lei. Deputados e senadores estão em Brasília para fazer, melhorar e votar leis que contribuam com a moralidade do país. Legisladores que fecham os olhos para a corrupção e não corrigem distorções do ordenamento jurídico estão em lugar errado.

Cito o Paraná como exemplo por ser o paranaense que está mais sofrendo. Começa pela verba remuneratória pela transmissão dos seus jogos. Recebe muito menos, por exemplo, que o Atlético (e não por culpa do Rubro-Negro) que também está na Série B, para esclarecer nossos leitores. É obrigado a procurar soluções complicadas para pagar funcionários e profissionais do futebol. E pela ação nefasta dos ladrões da esperança se defronta com situações só explicadas pelos critérios absurdos adotados no futebol brasileiro.

Enquanto isso os diretores da CBF são generosamente remunerados, a começar pelo presidente da entidade que deve receber neste ano mais de R$ 4 milhões.

Ricardo Teixeira, flagrado como personagem de um dos maiores escândalos do futebol mundial foi levado a renunciar a presidência da CBF. Como prêmio ganha R$150 mil por mês, morando em Miami, como consultor.

Com certeza, consultor para assuntos ligados a interesses imorais e ilegais. Tudo isso causa nojo.

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