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Laion, com o desenho da Gralha ao fundo: jogador tem como principal trunfo o bom passe e, apesar de o pai o considerar um meia-atacante, não abre mão de ser volante | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Laion, com o desenho da Gralha ao fundo: jogador tem como principal trunfo o bom passe e, apesar de o pai o considerar um meia-atacante, não abre mão de ser volante| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Ficha

Nome: Laion Henrique Costa.

Nascimento: 10/05/1991.

Posição: volante.

Clubes: Grêmio, Adap/Maringá, Metropolitano (SC) e Paraná.

Pontos fortes: desarme e passe.

Filiação: filho do ex-meia Adoílson, ídolo tricolor nos anos 90.

Contrato: até 25/06/2012.

Ídolo: Hernanes, ex-volante são-paulino, hoje na Lazio (Itália).

Previsão de profissionalização: ainda neste ano.

O lateral-esquerdo Henrique e o atacante Kelvin, 19 e 17 anos, foram os primeiros jogadores da categoria de base a compor o elenco profissional do Paraná pensando em 2011. A experiência com a dupla, que virou titular, deu tão certo que diretoria e comissão técnica falam em subir mais cinco garotos. Entre essas revelações, uma já tem história ligada ao clube antes mesmo de atuar como profissional: o volante Laion, 19 anos, filho do ídolo Adoílson.

Há oito meses treinando pela equipe sub-20 no CT do Ninho da Gralha, em Quatro Barras, o jogador deve subir ainda neste ano para o profissional. Como o Paraná não corre mais risco de cair à Série C, tudo indica que o técnico Roberto Cavalo deve testar mais garotos. E depois de Henrique e Kelvin, Laion, cujo contrato vai até 2012, é a bola da vez.

O rapaz sabe que as comparações com o pai serão inevitáveis. Não é para menos. Um dos primeiros atletas contratados após a fusão entre Colorado e Pinheiros, em 1989, Adoílson jogou 241 vezes pelo Tricolor. Em levantamento da Gazeta do Povo com jornalistas e torcedores ilustres, em 2007, foi eleito um dos 11 maiores atletas da história paranista. Entre 1990 e 1994, conquistou três estaduais (91, 93 e 94), a Série B (92), além de ser o segundo maior artilheiro do clube, com 78 gols, atrás apenas de Saulo, com 104.

"Eu sei que vou ser mais cobrado pelo o que meu pai representa para o Paraná. Mas converso muito com ele, que me diz para eu ficar tranquilo. Na verdade eu acho que não tem o que comparar: meu pai foi ídolo, jogou em vários clubes e eu estou apenas começando", diz o garoto.

O pai tem a mesma opi­­nião. "Ele tem de seguir um caminho próprio. E não é porque sou pai, mas acho que o Laion tem futebol para ser muito mais do que eu fui", comenta o orgulhoso Adoílson, 46 anos, que mora em Maringá.

Pai e filho só divergem quando o assunto é a posição de Laion. Para Adoílson, o garoto tem técnica suficiente para ser meia-atacante como ele foi. Laion prefere ser volante. "O meu forte é o toque. Quanto menos eu ficar com a bola, melhor. Ao contrário do meu pai, valorizo mais o passe do que o drible, jogo mais para a equipe do que individualmente", compara Laion, fã do ex-são-paulino Hernanes, hoje na Lazio, da Itália.

Desde criança, Laion está acostumado à convivência com os grandes nomes da história tricolor. Mas desde que veio treinar no Ninho da Gralha, em fevereiro, o jogador conta com a orientação especial de outros ídolos do clube. Além das palavras do pai, com quem fala todos os dias, Laion foi treinado pelo ex-lateral esquerdo Ednélson até setembro e tem como padrinho e empresário o ex-volante Ney Santos – todos participantes do pentacampeonato estadual de 93 a 97.

Mas apesar de todo esse know-how de experiência, Laion não esconde que nos últimos dias tem mesmo buscado apoio é com outro novato. "Converso muito com o Hen­­rique, com quem dividia quarto aqui no CT e joguei no Grêmio. Ele me diz para ficar tranquilo e estar preparado, porque o Cavalo gosta de dar chance aos novatos", revela.

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