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Gilberto Flores foi apresentado ao um novo mundo ontem. Assustado com a quantidade de jornalistas que o aguardavam na sua primeira entrevista como jogador do Coritiba, o lateral-direito campeão paranaense pelo Paranavaí se retraiu. "É tudo diferente, estou meio perdido ainda", resumiu, fazendo referência em seguida à tranqüilidade que era trabalhar no ACP. "Sei que vou encontrar muita pressão aqui", constatou ele, logo em seus primeiros dias de Alto da Glória.

Ao lado do goleiro Vanderlei, o ala de 23 anos chega ao Coxa com uma missão árdua, talvez tão espinhosa quanto a classificação para a Primeira Divisão: reverter o retrospecto recente de fracasso dos jogadores que saem do interior do estado e desembarcam no CT da Graciosa.

Foi assim com Elvis, Souza e Marcelo Peabiru, em 2005. O trio não repetiu com a camisa alviverde o sucesso dos tempos de Adap. No mesmo ano chegaram Alexandre, Tiago e Élton, destaques do Iraty. Apenas o primeiro conseguiu se sobressair. Só que por pouco tempo. Ao trocar o clube pelo mundo árabe ainda no primeiro semestre, virou um dos protagonistas do rebaixamento no Brasileiro.

"Os próprios jogadores do Paranavaí me falavam sobre essa questão. Não vejo problema. Encaro o Coritiba como um salto na minha carreira. Chego para trabalhar e tentar acabar com essa sina", disse o lateral, natural de Toledo, no Oeste paranaense. "Nós da comissão técnica precisamos dar o máximo de tranqüilidade para ele ganhar confiança e render tudo o que sabe", completou o técnico Guilherme Macuglia.

Gilberto fala com a autoridade de quem com apenas 20 anos já desbravava o incipiente soccer americano após dar os primeiros passos na carreira pulando das divisões de base do São Paulo para o Toledo, e mais tarde defendendo o Ituano. Além do inglês "quase fluente", da amizade com o francês Youri Djorkaeff, um dos carrascos do Brasil na Copa do Mundo de 1998, e de títulos secundários por New York MetroStars e New England Revolution, o lateral trouxe dos Estados Unidos um jeito diferente de jogar.

"Lá tudo era baseado no vigor físico, a habilidade era deixada um pouco de lado. Aprendi a marcar mais e a usar a força. Ganhei consistência", comentou o jogador, que aposta numa "disputa sadia" pela posição com o veterano e capitão Anderson Lima, 11 anos mais velho. "Vou aprender muito com ele", afirmou. O contrato de Gilberto Flores com o Coxa vai até o fim do Paranaense 2008.

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