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Campeão brasileiro pelo Coritiba em 1985 e responsável por gols decisivos naquela competição, o ex-ponta-direita Lela vai assistir à partida decisiva entre o Alviverde e o Internacional dividido. De um lado, o amor pelo clube em que se tornou ídolo. Do outro, a torcida pelo filho, o atacante colorado Alecsandro, que chega a Curitiba substituindo Nilmar, cedido pelo Colorado à seleção brasileira.

Responsável por um dos três gols que deram vantagem aos gaúchos para o jogo de amanhã, o atleta diz não ter muitas lembranças dos tempos de glória do pai pelo Coritiba, mas conta que a camisa coxa-branca foi a primeira que vestiu. "Eu e meu irmão (o volante Richarlyson, do São Paulo) sempre entrávamos em campo com meu pai, como mascotes. Mas eu era muito pequeno. Hoje, faço o mesmo com o meu filho, que está com 3 anos", conta. Em 1985, Alecsandro tinha 4 anos.

O jogador quase retornou ao Alto da Glória por duas vezes, já como atleta profissional. "Uma vez foi na metade de 2007, quando eu ainda estava no Cruzeiro", relembra. A segunda, em dezembro do ano passado. Na época, a cúpula coxa-branca procurava um substituto para Keirrison, que deixaria o Alto da Glória para jogar no Palmeiras. Embora o atleta afirme não saber o que "emperrou" as negociações, Lela conta que não houve acordo salarial entre clube e jogador. Assim, o ídolo alviverde não teve realizado o sonho de ver um de seus filhos defendendo o Coxa.

Mais preocupado com o presente do que relembrar o passado, Alecsandro diz não esperar facilidades em Curitiba. "É um jogo de 180 minutos. Quando um time está perdendo no primeiro tempo, desce ao vestiário, se fortalece e volta para conseguir o empate e a virada do jogo. Essa é a situação do Coritiba. Para nós, basta manter o ritmo", afirma.

Lela, que vai assistir ao duelo de Bauru (interior paulista, onde mora) pela tevê, diz acreditar que o Colorado está mais próximo da final. "O Coritiba deve ganhar o jogo, mas acho difícil o Inter não fazer gols", explica.

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