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Bergisch Gladbach – Um lance aparentemente simples pode tirar Robinho da Copa. Esta é a pior previsão possível, evitada pelo médico da seleção brasileira José Luiz Runco. O jogador sentiu uma contusão na coxa direita durante o treino de finalização no estádio do SSG 90, ontem à tarde, e deixou preocupada a comissão técnica.

O técnico Carlos Alberto Parreira preferiu esperar o desenrolar do quadro do atleta para dar maiores previsões sobre como a lesão afetará a participação dele no Mundial. Somente hoje será possível avaliar a extensão dos danos na perna do camisa 23, que vinha ganhando espaço rapidamente na luta por uma vaga entre os titulares.

"Ele teve uma fisgada leve, fez o tratamento necessário e agora só nos resta aguardar a evolução para saber se precisaremos de exames complementares de imagem (ecografia)", afirmou Runco, deixando no ar que a situação é ampla. Pode ser tanto um pequeno incômodo, quanto uma lesão séria. Robinho entra, assim, numa roleta russa de 24 horas.

O drama começou durante uma atividade de baixa intensidade. A bola era cruzada para a área e os atacantes, marcados pelos dois zagueiros, tinham de concluir a gol. Em lançamento feito da esquerda, Robinho bateu com o lado do pé direito e, instantaneamente, colocou a mão na coxa. Caminhou mancando discretamente até o centro do gramado, onde os companheiros esperavam para repetir o exercício, mas não voltou a trabalhar.

Com o treino encerrado 10 minutos depois, ele pulou a fase de alongamentos e saiu direto para os vestiários, conversando com o médico José Luiz Runco no meio do caminho. Nesse trajeto, já andava normalmente.

A dor preocupa pelo destino da seleção na Copa. Usando o esquema do quadrado mágico, com quatro jogadores de poder ofensivo acima da média, o Brasil só mostrou bom futebol quando Robinho esteve em campo. Nas duas primeiras partidas, diante de Croácia e Austrália, entrou como substituto de Ronaldo. Para o confronto com o Japão, o último da primeira fase, ganhou uma oportunidade como titular, desta vez na posição de Adriano, e convenceu.

Seu futebol solto, com arrancadas rápidas de dar canseira nos zagueiros tem ajudado a desmontar a já comum retranca adversária. Abrindo espaços na frente, ele faz crescer o desempenho de toda a equipe, especialmente de seu companheiro de ataque. Astro consagrado, Ronaldo, que vem em plena recuperação física, só ressurgiu atuando ao lado do moleque revelado pelo Santos no Brasileiro de 2002.

Se estiver inteiro, Robinho tende a ser mantido na linha de frente. Além de ter sido o autor intelectual do segundo gol contra a Austrália, marcado por Fred, ele chutou três vezes contra a meta do Japão – todas acertando o alvo. Veloz, foi o mais caçado: acabou no chão três vezes.

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