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Fernando Alonso não se deu bem com "ninguém" na McLaren, foi o responsável pelas tensões que agitaram a equipe e acabou contribuindo com a vitória de Kimi Raikkonen na temporada de 2007 da Fórmula 1. Estas afirmações estão na autobiografia que o inglês Lewis Hamilton lançará em breve, tendo como tema o ano de estréia do britânico na categoria.

Partes do balanço do primeiro ano do piloto inglês na F-1 foram adiantados nesta quarta-feira pela imprensa inglesa.

- Conheci Alonso no Grande Prêmio da Turquia de 2006, quando se aproximou da mesa em que estava jantando com meu pai (Anthony) e veio cumprimentar-nos. Foi um gesto amistoso, que valorizei muito - recordou o piloto da McLaren.

Hamilton também escreveu que "foi triste e decepcionante" ver como essa apresentação não se transformou numa progressiva melhora da relação entre ambos.

- A relação piorou, não apenas comigo, mas com todos da equipe, já que Fernando não fez amizade com ninguém - afirma Hamilton, que perdeu o título mundial de pilotos na última corrida do ano, após erros de direção cometidos sob grande pressão. Os erros do inglês favoreceram Raikkonen, da Ferrari, que inesperadamente foi o que saiu mais satisfeito.

Segundo Hamilton, Ron Dennis, chefe da equipe da McLaren, lhe pediu que ajudasse Alonso a se sentir bem recebido pela equipe inglesa.

- Cheguei até a jogar viodeogame com ele na cabine da equipe, mas não houve progressos entre nós - narrou o piloto, primeiro negro na história da F-1.

O ponto "sem volta" foi após o GP da França, descreveu Hamilton em sua autobiografia.

- Ali Alonso me disse que estava contente porque os dois pilotos da Ferrari haviam terminado na frente, enquanto eu havia ficado apenas em sétimo - revelou.

Depois disso, aconteceu o "pesadelo", indicou o inglês para referir-se ao GP da Hungria.

Em Budapeste, Alonso foi penalizado por ter atrasado seu companheiro no box durante a classificação, e se criou uma situação de grande tensão na McLaren, após Hamilton fazer acusações diante dos fiscais de pista.

- Naquele momento eu disse a Dennis que não tinha nenhuma intenção de continuar conversando com ele para fazê-lo feliz e correndo, dessa forma, o risco de perder concentração - enfatizou Hamilton, que acrescentou que na corrida seguinte, na Bélgica, Alonso tentou tirá-lo da pista.

O piloto britânico reconheceu que, após aquele episódio, chegou à conclusão de que na definição do Mundial "podia acontecer de tudo".

- Se Fernando era agressivo, eu também podia ser, mas isso não ajudava a equipe. No fim, perdeu-se o título em conseqüência desses erros, e foi uma lástima - apontou.

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