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Em vermelho, a cidade de Tupãssi que tem menos de 10 mil habitantes | Reprodução Ipardes
Em vermelho, a cidade de Tupãssi que tem menos de 10 mil habitantes| Foto: Reprodução Ipardes

Campeão contra vice logo na abertura da temporada. O aperitivo da Liga Alemã é de alto nível, assim como promete ser o restante do campeonato. Atual dono da coroa, o Stuttgart recebe o Schalke 04 a partir das 15h30 (de Brasília), em jogo isolado pela primeira rodada do torneio germânico. Espécie de patinho feio da bola na Europa, desta vez o evento esportivo alemão começou surpreendendo mesmo antes do apito inicial. Os clubes abriram os cofres para contratações, quebrando recordes de investimentos, e a torcida entrou no clima, gastando como nunca em pacotes antecipados de ingressos.

Transações de atletas já ultrapassaram 165 milhões de euros (cerca de R$ 429,75 milhões) – a marca mais alta era da temporada 2001/2002, com 153 milhões de euros (cerca de R$ 398,49 milhões).

Culpa, em parte, do Bayern de Munique. O time refez o elenco depois do modesto quarto lugar na Bundesliga passada. Apostou alto no jovem francês Ribéry, por quem pagou a cifra recorde de 25 milhões de euros. Ao todo, desembolsou 70 milhões, incluindo a compra do bom atacante italiano Luca Toni, da Fiorentina, e do artilheiro da último Copa, Miroslav Klose, do Werder Bremen.

Como a equipe de Munique, outros cinco times superaram seus tetos de investimento – Werder Bremen (Carlos Alberto, por 7,8 milhões), Hannover (Hanke, 4,5 milhões), Nuremberg (Charisteas, 2,1 milhões), Stuttgart (Marica, 7 milhões) e Duisburg (Ishiaku, 1 milhão).

A onda de reforços pode ajudar a tirar os alemães do marasmo continental. Sem atrair astros de primeira grandeza como ocorre com os vizinhos espanhóis, ingleses e italianos, os clubes da Alemanha vêm fazendo papel de coadjuvantes. Tanto que o último troféu da Liga dos Campeões da Europa conquistado pelo país foi em 2000/2001, com o Bayern de Munique.

Entusiasmados os torcedores germânicos são por natureza. Mas a avalanche de contratações – foram 120 até agora – animou ainda mais o público movido a chope e salsichão. O Borússia Dortmund negociou na pré-temporada 50 mil pacotes de ingressos para toda a competição. No Schalke, os aficionados compraram 44 mil. Favorito do ano segundo a imprensa local, o Bayern vendeu 37 mil pacotes. Jutos, os 18 participantes garantiram 377 mil ingressos antecipados, contra 372.535 do recorde anterior, de 2005.

"O torcedor alemão é fiel. No Schalke, ganhando ou perdendo o estádio está sempre lotado, com 60 mil pessoas nas arquibancadas", afirmou o lateral-direito Rafinha, que joga no representante de Gelsenkirchen, protagonista da estréia de hoje. "A torcida dos outros times é que se empolgou mais este ano", complementou ele, que prevê briga acirrada pelo título com Bayern de Munique, Werder Bremen, Borússia Dortmund, Stuttgart e Hamburgo.

"Os times investiram muito. Quem ganha é a competição e a torcida. O nível do Campeonato Alemão é maravilhoso", elogiou o ex-jogador do Coritiba, que acompanha os rumos do Coxa via internet. Ele avisa: os alemães querem dominar o Velho Mundo nesta temporada. "O sonho existe", garantiu. E não é pequeno.

Na TV: Stuttgart x Schalke 04, às 15h30, no Bandsports.

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