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Para o LEC, Orlei (dir.), do Rio Branco, teria jogado de maneira irregular contra o Iguaçu, por confusão com os cartões amarelos | Pedro Serápio/Gazeta do Povo
Para o LEC, Orlei (dir.), do Rio Branco, teria jogado de maneira irregular contra o Iguaçu, por confusão com os cartões amarelos| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

As consequências

O Rio Branco pode perder seis pontos por ter escalado Orlei de maneira irregular?

> O clube parnanguara se apega ao parágrafo 3º do artigo 15 do Regulamento Geral 2009 da Federação Paranaense de Futebol (FPF), que não anula os cartões recebidos em partidas suspensas, para acreditar que usou o jogador em condições de jogo.

> Safira, do Beltrão, e Élton, do Cianorte, estão com os contratos em ordem?

> Teoricamente sim, já que foram registrados na CBF. A questão, porém, é polêmica, e deverá ser analisada pelos juristas do TJD-PR.

Artimanha do LEC irrita presidentes

A ação do Londrina de tentar escapar do rebaixamento via tapetão provocou a ira dos presidentes de Rio Branco, Engenheiro Beltrão e Cianorte, os outros clubes envolvidos na polêmica – o trio corre risco de cair para a Segunda Divisão caso seja derrotado no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR).

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O Paranaense ganhou mais um capítulo extracampo nesta semana. Curiosamente, no dia 1º de abril, o tradicional Dia da Mentira. Rebaixado, o Londrina protocolou uma ação no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) contra Rio Branco, Cianorte e Engenheiro Beltrão. A denúncia é a última esperança de o clube evitar a Divisão de Acesso na próxima temporada.

A alegação é de que os três clubes utilizaram jogadores irregulares – Orlei, Élton e Safira, respectivamente. A chance de sucesso é relativa.

Especialmente no caso da equipe de Paranaguá, o Tubarão deve sofrer um revés nos tribunais. A denúncia pede que o Leão da Estradinha perca até seis pontos por ter escalado Orlei de maneira indevida na partida contra o Iguaçu (empate por 1 a 1 em União da Vitória, no dia 22 de março). A tese defendida pelo advogado do Londrina, Ricardo Ramalho Cardoso, é de que o jogador não deveria ter entrado em campo por estar suspenso pelo terceiro amarelo.

A conta dos londrinenses é simples. Orlei teria chegado à partida com o Cianorte com um cartão e recebeu mais um. Porém, como o confronto foi suspenso aos 28 do 1º tempo por causa da chuva, e a partida remarcada para o dia 18/3, automaticamente a penalidade teria perdido a validade. Ou seja, o atleta seguiria com um amarelo. Como levou mais um contra o Cascavel (11/3) e outro na repetição do duelo com o Cianorte, estaria impossibilidade de encarar o Iguaçu.

A matemática do outro lado é diferente. Para o Rio Branco, mesmo o jogo sendo suspenso, o cartão não é desconsiderado. Sendo assim, Orlei recebeu a terceira punição da série ante o Cascavel, cumprindo a suspensão automática na vitória por 1 a 0 sobre o Paraná (14/3), ficando liberado para enfrentar a equipe de União da Vitória. Para respaldar a atitude, o clube do litoral se apega ao parágrafo 3º do artigo 15 do Regulamento Geral 2009 da Federação Paranaense de Futebol (FPF): "Para efeitos disciplinares, prevalecem os cartões aplicados aos atletas até o momento da paralisação da partida".

Nos dois outros casos, a questão é mais complexa. Para o Tubarão, Élton e Safira atuaram todo o Regional de maneira ilegal, já que ambos teriam assinado contrato de seis anos, de 2004 a 2010, com o Engenheiro Beltrão (Élton está emprestado ao Cianorte até o fim do Paranaense). A relação de trabalho iria contra a Lei Pelé, que prevê vínculo de no máximo cinco anos.

Luiz Linhares, presidente do Beltrão, se defende informando que inicialmente o acordo era de cinco temporadas. E que, no fim de 2008, foi assinado um aditivo de mais um ano, o que seria permitido pela legislação.

Entretanto, de acordo com a resolução da presidência 03/2005 da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), "o termo aditivo só será aceito caso seja firmado nos 60 dias anteriores ao fim do contrato". Segundo o Boletim Informativo Diário (BID) da mesma CBF, o acordo de Élton termina em 20/3/2010 e o de Safira em 14/4/2010. A esta data, conforme Linhares, já estaria acrescido o período extra. "Não existe nada de errado", ressalta.

A reportagem entrou em contato com o departamento de registros da FPF para descobrir se o aditivo é válido e quando foi assinado. A entidade alegou que não poderia passar as informações. A procuradoria deve decidir se acata a denúncia alviceleste na segunda-feira.

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