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Não bastassem as disputas no tapetão por uma vaga na primeira divisão do Campeonato Paranaense, que se arrastam há meses, já surgiu o risco do primeiro asterisco ser colocado na tabela de classificação da competição.

Suspeitas vindas de Londrina assombram o Tubarão quanto a uma possível perda de pontos proveniente de uma suposta escalação de jogador em situação irregular na primeira rodada do regional, realizada no último domingo.

Segundo reportagem publicada ontem pelo Jornal de Londrina (JL), amparada em declarações do diretor do departamento de registros e transferências da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Guilherme Luiz de Moura, o volante Edmílson, do Londrina, teria participado do clássico regional entre Portuguesa e Londrina sem estar devidamente registrado na entidade.

Se a irregularidade for confirmada, o Tubarão corre o risco de perder seis pontos pela participação do volante na partida (o dobro do número de pontos disputados pelo jogador), que terminou empatada por 1 a 1.

Recentemente contratado pelo Londrina junto ao Oita Trinita, do Japão, Edmílson tem 30 anos e veio para dar uma dose de experiência ao jovem elenco do Tubarão. Na sua terceira passagem pelo clube ele inadvertidamente se tornou o pivô de uma suspeita que, segundo Sidiclei Menezes, coordenador de futebol do Londrina, não tem fundamento algum.

"Nosso adversário deve ter vindo com essa conversa para tumultuar o nosso trabalho", diz Menezes, ao se referir à Lusinha como provável denunciante da suposta irregularidade. De acordo com o coordenador, o Londrina cumpriu rigorosamente os trâmites legais para fazer Edmílson jogar.

De acordo com o Artigo 14 do Regulamento Geral das Competições de Futebol Profissional organizadas pela FPF, "só poderão participar dos jogos dos campeonatos os atletas regularmente registrados e inscritos pelas associações disputantes", sendo considerado "regular e efetivamente inscrito o atleta profissional que tiver o seu registro aceito e receber condições de jogo, pela CBF."

O Artigo 52 do mesmo estatuto diz ainda que "somente poderão participar da competição os atletas profissionais que tenham seus contratos registrados no Departamento de Registros e Transferência da FPF e cujos nomes constem no site da FPF do Boletim Informativo Diário (Bid) publicado por aquele Departamento até o último dia útil anterior ao da realização da partida".

O problema é que até sexta-feira (último dia útil antes do jogo Londrina e Portuguesa Londrinense), dia 12, o jogador não foi incluído no BID da FPF, o que sóocorreu na segunda-feira, um dia após o jogo, em conflito, portanto, com o regulamento do órgão máximo do futebol paranaense. O jogador também só foi incluído no BID diário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no dia 15.

Diferentemente do que havia declarado ao JL, Moura disse ontem que a liberação do registro do jogador chegou à FPF no dia 12, mas, devido ao acúmulo de registros antes do campeonato, não houve tempo hábil para a inclusão do jogador no BID da Federação neste dia. "Mas o documento já estava de posse da Federação", garantiu o dirigente da FPF. Se a confusão dará margem a mais confrontos no tapetão, só o tempo dirá.

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