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O técnico Lori Sandri tentou manter o equilíbrio nas declarações e o clima de confiança que dever ter passado aos jogadores, mas estava visivelmente abatido durante a entrevista coletiva nesta quinta-feira. Explicar o 4 a 2 do Náutico revelou-se uma missão bastante complicada para o treinador.

Ao levar um gol logo no começo, o time se perdeu em campo. "Deu um desequilíbrio emocional no time. Tentamos refazer a equipe colocando um jogador experiente, que toca bem na bola, bate faltas e tem qualidade, mas infelizmente o Rodrigo está muito fora de ritmo e entrou em um momento de muita dificuldades. Fizemos a mudança, depois fomos forçados a fazer outra mudança na saída do Flávio e quando fizemos a terceira, perdemos o Neguette. Mesmo assim, jogando errado e depois de um primeiro tempo ruim, acho que faltou sorte e as coisas não andaram direito".

Roberto Fernandes preparou um esquema de jogo que acabou sufocando os paranistas. "Sabíamos como eles vinham e estávamos esperando um 4-4-2 aberto. Disse para eles que o Acosta ia jogar com o Ferreira, mas não estava previsto tomarmos um gol tão cedo. O time tava jogando muito mal".

O treinador destacou que fez muito trabalho psicológico com o elenco, mas o gol logo cedo desestabilizou a equipe. "O que mais trabalhamos foi o lado psicológico, mas agora tomar o gol aos 4 ou 5 minutos, dentro de casa e não pressão por um bom resultado, causou um desequilíbrio muito grande. Depois temos problemas de contusão e tudo mais. Infelizmente hoje era o dia para dar tudo errado. Tomara que domingo a gente possa fazer uma reversão e deixar nosso torcedor mais feliz".

Problemas daqui para frente

O treinador Lori Sandri pode ter perdido mais três jogadores para o jogo do próximo domingo contra o Corinthians. "Temos que repensar o que faremos. Hoje to perdendo o Neguette, o Beto e já tenho dois zagueiros no departamento médico. Tô com muita gente de fora – o Flávio também, vamos ver como ele está. É um momento de turbulência e dificuldades. Se não tivermos calma e tranqüilidade e não fizermos o que tem que ser feito, fica complicado. Tem esse lance todos de poder perder 18 pontos, pressões e tudo mais. Temos que pensar em o que vamos fazer para domingo".

A revolta da torcida foi compreendida pelo treinador. "Olha, o torcedor não é inimigo. Ele é paixão. Nunca vi um time em que o torcedor seja inimigo. Ele quer resultados e quer que o time ganhe. Temos que isolar eles, deixá-los tranqüilos. Se eles quiserem nos ajudar, seremos muito gratos. Se não quiserem, é um direito deles. Cabe a nós suportar a pressão e dar o retorno, que não está acontecendo".

Lori mantém a confiança. "No primeiro jogo, a equipe estava completa e tivemos um resultado positivo. Esse time que vimos hoje e contra o São Paulo não é o Paraná, não é a nossa defesa. Temos ainda 14 jogos. O Juventude, por exemplo, tava uns 10 pontos lá atrás e depois de vencerem três jogos já estão ai".

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