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Neguette foi um guerreiro e quis continuar em campo mesmo machucado, mas técnico Lori Sandri não deixou | Antônio Costa / Gazeta do Povo
Neguette foi um guerreiro e quis continuar em campo mesmo machucado, mas técnico Lori Sandri não deixou| Foto: Antônio Costa / Gazeta do Povo

Repercussão

O técnico Lori Sandri tentou explicar a derrota do Paraná para o Náutico.

"Deu um desequilíbrio emocional no time. Tentamos refazer a equipe colocando um jogador experiente, que toca bem na bola, bate faltas e tem qualidade, mas infelizmente o Rodrigo está muito fora de ritmo e entrou em um momento de muita dificuldades. Fizemos a mudança, depois fomos forçados a fazer outra mudança na saída do Flávio e quando fizemos a terceira, perdemos o Neguette. Mesmo assim, jogando errado e depois de um primeiro tempo ruim, acho que faltou sorte e as coisas não andaram direito".

Roberto Fernandes preparou um esquema de jogo que acabou sufocando os paranistas. "Sabíamos como eles vinham e estávamos esperando um 4-4-2 aberto. Disse para eles que o Acosta ia jogar com o Ferreira, mas não estava previsto tomarmos um gol tão cedo. O time tava jogando muito mal".

Confira a entrevista completa do técnico Lori Sandri

  • Jogadores deixam o gramado cabisbaixos e sentem a revolta dos torcedores

O Paraná Clube fez uma partida cheia de erros, sem insipiração e em plena Vila Capanema foi goleado pelo Náutico por 4 a 2 na noite desta quinta-feira. Com o resultado, o Tricolor, que já liderou o Brasileirão no começo da temporada, permanece na zona do rebaixamento para a revolta dos torcedores.

O técnico Roberto Fernandes surpreendeu os jogadores paranistas e a Lori Sandri ao preparar um 4-3-3 sufocante. A pressão dos primeiros minutos foi impressionante e os jogadores do Paraná não tiveram tempo de assimilar essa situação, tanto que aos seis minutos o adversário já vencia por 1 a 0.

Lori Sandri tentou corrigir o time e impedir o avanço do Náutico abrindo mão do 3-5-2 para retomar o 4-4-2, quando Rodrigo entrou no lugar de João Paulo. O time melhorou um pouco, mas graças a uma noite inspirada de jogadores como Sidny e Acosta, o Náutico seguiu melhor e buscando o resultado com ousadia.

Apesar de alguns lances e marcações polêmicas da arbitragem, a verdade é que não faltou vontade, mas sim competetência para segurar o vice-lanterna do Brasileirão. A torcida cumpriu o prometido até onde conseguiu e apoiou o time. Quando o Tricolor levou o 4.º gol, as vaias e xingamentos foram inevitáveis.

O jogo

Boquiabertos. Foi assim que os 3.531 torcedores do Paraná que foram ao estádio Durival Britto e Silva ficaram após os primeiros 20 minutos de jogo. Sem conseguir sequer ultrapassar a linha do meio de campo, os jogadores do Paraná foram surpreendidos pela avalanche preparada pelo técnico Roberto Fernandes e não conseguiram se organizar diante da pressão do Timbu.

Logo no primeiro minuto de jogo Acosta avançou pelo meio, sem marcação, e lançou Ferreira em velocidade. Já dentro da área, pelo lado direito, o atacante chutou para boa defesa de Flávio. Ferreira aparecia livre novamente aos 2 minutos, mas a zaga se recuperou e fez o corte. Aos 4 minutos o Náutico chegava mais uma vez com perigo na cobrança de falta de Acosta,que passou raspando a trave direita de Flávio.

Apenas um minuto depois o Náutico estava lá de novo e na cobrança de falta, Elicarlos chutou rasteiro e Beto cortou para escanteio. Na batida curta do tiro de canto, Geraldo dominou e cruzou com precisão para Acosta, que subiu sem marcação e marcou o já esperado gol dos visitantes. A pressão era muito grande e foi apenas uma questão de tempo – pouco, aliás – para que o primeiro "zero" saísse do placar.

Após o gol o Paraná pareceu ter acordado em campo, mas o Náutico continuou melhor. Vendo o time perdido no gramado, o técnico Lori Sandri tentou ajeitar o time tirando o zagueiro João Paulo e colocando o meia Rodrigo. O time Tricolor melhorou no jogo, mas não chegou a ser superior ao adversário.

A grande chance do Paraná aconteceu aos 22 minutos. Paulo Rodrigues, que foi o jogador de mais destaque no Tricolor durante todo o jogo, driblou dois marcadores, cortou para o meio e disparou uma bomba para linda defesa de Eduardo. Chance como essa o Paraná só voltou a ter aos 40 minutos, quando Vinicius Pacheco tocou para Josiel, que dominou e chutou cruzado, bem próximo ao gol do adversário.

Segundo tempo com reação paranista

O Paraná voltou para o segundo tempo um pouco melhor e tentou tirar a vantagem do Náutico. Flávio sentiu uma contusão e ficou nos vestiários, com Gabriel entrando na partida. Josiel chegou com perigo aos 7 minutos, mas o chute subiu demais e foi para fora. Um minuto depois o cruzamento da direita foi direto na cabeça de Beto, que caprichou e acertou no travessão de Eduardo.

Aos 13 minutos o técnico Lori Sandri colocou mais um atacante em campo para tentar chegar ao gol, mas sacou o meia Rodrigo, que havia entrado no time no primeiro tempo.

A mudança nem teve tempo de ser posta em prática quando aos 17 minutos a defesa paranista falhou, Acosta recebeu em posição duvidosa e tocou para Julio Cesar. Com tranqüilidade, o lateral empurrou na saída de Gabriel e ampliou a vantagem dos visitantes. Dessa vez o Paraná sentiu mesmo o golpe e aos 20 minutos diminuiu. Paulo Rodrigues cruzou e Beto subiu mais que todos para cabecear nas redes do Náutico.

Polêmica e mais gols

Aos 28 minutos aconteceu um lance bastante polêmico. Quando todos esperavam que a infração marcada pelo árbitro Giuliano Bozzano fosse para o Tricolor, os jogadores do Náutico cobraram a falta com rapidez e Acosta partiu em contra-ataque, livre de marcação. O atacante uruguaio carregou e tocou para Geraldo, livre, tocar na saída de Gabriel para marcar o terceiro dos visitantes. Os jogadores do Paraná foram à loucura e reclamaram de uma suposta inversão na falta.

Irritados, os paranistas foram para cima e logo em seguida, aos 33 minutos, diminuíram a vantagem do Náutico mais uma vez. Vinicius Pacheco enxergou Josiel em velocidade e fez o passe. O artilheiro do campeonato foi esperto e tocou na saída do goleiro Eduardo.

A situação ficou ainda mais complicada para o Paraná quando Neguette sentiu uma contusão e teve que deixar o campo. Apesar de querer ficar no jogo, já que o time já tinha feito as três substituições, o jogador foi impedido pelo técnico de voltar. Mais tarde, Beto foi expulso e o Tricolor terminou com dois jogadores a menos.

Contudo, antes do término da partida, o Náutico aproveitou mais uma bobeada da zaga paranista, Marcelo Silva avançou livre de marcação e tocou novamente na saída de Gabriel para decretar o placar de 4 a 2 para os visitantes.

Confira a ficha técnica do jogo e os lances de Paraná x Náutico

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