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Pelé, Lula e César Cielo, três cabos eleitorais do Brasil para organizar a Olimpíada de 2016: presidente tem batido no impacto da realização dos Jogos no país | Franck Fife/AFP
Pelé, Lula e César Cielo, três cabos eleitorais do Brasil para organizar a Olimpíada de 2016: presidente tem batido no impacto da realização dos Jogos no país| Foto: Franck Fife/AFP

Gafe

Pelé troca Jordan por Jackson

Da redação

"Eu não sei por que o Michael Jackson... opa, o Michael Jordan...". Pelé foi, mais uma vez, o centro das atenções na comitiva da candidatura Rio 2016. Foi para ele a maioria das perguntas da imprensa estrangeira em entrevista coletiva na manhã de ontem em Copenhague. Numa delas, Pelé simplesmente confundiu o astro do basquete americano com a maior estrela pop do planeta. Em meio a gargalhadas gerais, o ex-jogador foi ajudado pelo consultor de mídia do Comitê Rio 2016, Mike Lee. Recomposto, concluiu seu pensamento. "Eu vou estar sempre presente. Se tiver que morrer pelo meu país, vou fazer isso. Se tiver que morrer pelo esporte, vou fazer isso. Sempre que puder vou ajudar. É sempre importante ajudar o seu país e, dessa vez, estou fazendo isso também pela América do Sul", disse.

Torcida

Rio prepara festa na areia

Folhapress

Rio de Janeiro - Festa para 100 mil pessoas, bateria de escola de samba, telões gigantes na praia, ponto facultativo nas repartições municipais e estaduais e mensagens incentivando a torcida a usar verde e amarelo. Pelos cálculos da Prefeitura do Rio, até 100 mil pessoas podem passar pela praia de Copacabana (zona sul) para assistir à transmissão da cerimônia realizada em Copenhague.

No palco, montado na areia em frente ao Copacabana Palace, o som terá início às 10 horas, com o DJ Dodô. Às 11h20 será a vez de Lulu Santos. Às 12h30 começará a transmissão do evento. Depois da escolha, seja qual for o resultado, o show continua com a bateria da Salgueiro. Vários atletas, como Daniele Hypólito e Maurren Maggi, estarão presentes. A assessoria da Riotur não informou o custo da festa ou quem arcará com ela.

Copenhague - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou ontem em Copenhague e já entrou em um ritmo frenético de busca por vo­­tos para o Rio de Janeiro na eleição da sede da Olimpíada de 2016. Na chegada, no final da tarde no horário dinamarquês, ele foi recepcionado por esportistas que fazem parte da comitiva brasileira, como Pelé, Torben Grael, Hortência e César Cielo. Depois, foi a dois jantares diferentes para pedir apoio à candidatura do Brasil.

A eleição da sede olímpica ocorre amanhã, quando Rio, Chi­­cago, Madri e Tóquio vão disputar os votos dos membros do COI. Lula chegou bem antes, para ajudar na campanha brasileira. Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, só desembarcará em Co­­penhague no dia do pleito, quando espera conseguir o apoio decisivo para a vitória norte-americana.

Lula, inclusive, tentou minimizar a presença do presidente dos Estados Unidos. "Não tem nenhuma rivalidade. Eu mesmo falei para o Obama que ele viesse, porque ele me disse que a es­­posa dele viria. E eu falei: ‘É im­­portante você ir, porque vamos eu e a Marisa. Então, seriam dois contra um’", contou.

Em campanha, Lula também afirmou que uma vitória na eleição da sede olímpica teria um im­­pacto muito grande para o Brasil. "Esta é uma oportunidade extremamente importante para o Brasil mostrar a sua cara para o mundo. Se o nosso país vencer, ganhará de três países muito fortes, três cidades maravilhosas. Só que, por mais bonitas que elas sejam, o Rio é infinitamente mais bonito", afirmou o presidente.

Além de encontros com membros do COI, Lula terá um papel importante na apresentação final do Rio, que acontece na sexta-feira, a partir das 7 horas (horário de Brasília) – Chicago e Tó­­quio, ainda durante a madrugada, serão as primeiras a se apresentar, enquanto Madri fala depois. O presidente será o responsável pelo discurso de encerramento, quando deve fazer um apelo emocional pela vitória brasileira.

No início desde mês, por exemplo, Lula anunciou que ti­­nha um acordo eleitoral prévio com o rei espanhol Juan Carlos.

Na comitiva do presidente Lula viajaram para Copenhague os ministros Luiz Barreto (Tu­­rismo), Orlando Silva (Es­­porte) e Tarso Genro (Justiça). "Vim para mostrar o que estamos fazendo na área de segurança", afirmou Tarso Genro, revelando que terá encontros com diversos membros do COI para tentar tirar o temor de que a violência pode atrapalhar uma eventual Olim­píada no Rio.

A forte presença de Lula se re­­pete na parte financeira da campanha brasileira. A maior parte do orçamento será bancado por verba federal.

Ao vivo

Escolha das sedes, a partir das 3h45 de amanhã, no BandSports.

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Entenda a eleição

O Comitê Olímpico Internacional (COI) se reúne amanhã na capital dinamarquesa para escolher a sede da Olimpíada de 2016 entre quatro candidatas: Chicago, Madri, Rio de Janeiro e Tóquio.

Como as cidades tentam impressionar o COI?

Cada candidata tem 45 minutos para se apresentar para o COI, mais 15 minutos para perguntas e respostas. A apresentação normalmente inclui vídeos e discursos.

Por que há tantos políticos?

Desde que o primeiro-ministro bri­­tânico Tony Blair persuadiu o COI a preterir a favorita Paris e escolher Londres para a Olimpíada de 2012, quatro anos atrás, a relevância de um político carismático passou a ser vista como fundamental. Dois anos atrás, o então presidente russo Vladi­­mir Putin falou em um inglês surpreen­­dentemente eloquente ao COI e aju­­dou Sochi a conquistar os Jogos de Inverno de 2014, outra surpresa.

Quem vota?

Todos os integrantes do COI, com certas exclusões, têm permissão de votar. Cerca de 115 membros são esperados em Copenhague. Muitos deles são pessoas com experiência em gestão no esporte ou ex-atletas, mas ainda há alguns membros da realeza. Nem todos os países no COI têm membros.

Quais são os excluídos?

Tradicionalmente o presidente do COI, Jacques Rogge, não vota, a menos que seja necessário um voto de minerva. Membros de países com uma cidade candidata também estão excluídos enquanto sua cidade ainda compete.

Como a votação funciona?

Um candidato precisa de mais de 50% dos votos secretos. Se ne­­nhum candidato alcançar a cifra má­­gica, o candidato com menos votos é eliminado e uma nova votação é rea­­lizada. Como há quatro candidatos, haveria um máximo de três rodadas.

Os membros sabem como foi a votação antes de cada rodada?

As parciais não são anunciadas, só o nome do eliminado. As cifras da votação só são divulgadas depois que o presidente anunciar o vencedor.

Quando isso acontecerá?

A votação começa depois do final das apresentações, às 11 h (horário de Brasília) de amanhã. O vencedor será anunciado em uma cerimônia televisionada mundialmente a partir das 13h30 (horário de Brasília).

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