Fabrício Werdum foge do estereótipo de lutador marrento e carrancudo, apostando em humor e na tradicional “happy face”.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Uma visita ao perfil de Fabrício Werdum no Instagram é o que basta para entender o estilo pouco convencional do lutador que estrela o UFC 198 , neste sábado (14), na Arena da Baixada, em Curitiba. Na principal luta da noite, o gaúcho encara o norte-americanoStipe Miocic.

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Na rede social de fotos e vídeos, o campeão peso-pesado (até 120 kg) mostra, sem filtro, sua faceta engraçada e descontraída, que destoa da tradicional imagem de artista marcial.

Em uma das imagens mais recentes, o veterano de 38 anos aparece em uma churrascaria curitibana atendido por oito garçons usando máscaras com seu rosto. O sorriso, que virou marca registrada, é chamado de ‘happy face’.

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Também não são poucas as brincadeiras com amigos como Wanderlei Silva e o campeão peso-leve (até 70 kg) do UFC Rafael dos Anjos. Se nem as filhas Julia e Joana escapam, imagine os rivais. Os americanos Cain Velásquez e Travis Browne – e até o polêmico irlandês Conor McGregor – já foram ‘alvo’ do campeão.

A veia humorística é tão forte quanto o carisma de Werdum. Boa praça, ele responde jornalistas no WhatsApp como se os conhecesse há anos. Esforça-se ainda mais para atender os fãs, assim com fez no treino aberto da última quarta-feira (11), quando tirou selfies e distribuiu vários abraços. Um nocaute na arrogância.

“A verdade é que não tem motivo para ser marrento ou fazer o acesso difícil. No treino aberto fiz questão de falar com todo mundo, tirar foto com todo mundo, porque as pessoas estão lá para te ver. Posso ser o melhor do mundo do jeito que sou”, diz o peso-pesado, candidato ao posto de principal estrela brasileira do UFC.

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Para chegar ao cinturão, no entanto, Werdum também precisou desenvolver um lado sério e muito disciplinado. Treinado pelo curitibano Rafael Cordeiro, o gaúcho sustenta uma rara relação de cumplicidade com o mestre.

Ambos começaram a trabalhar juntos após ‘Vai Cavalo’ ser demitido do UFC, em 2008. Reconhecido como um talento no jiu-jítsu, com quatro títulos mundiais na arte suave, ele não tinha a mesma qualidade em pé. Rafael, então, o transformou em um puro lutador de muay thai.

“Andamos o tempo inteiro junto nos Estados Unidos, ele vai comer churrasco lá em casa direto. Só não dormimos juntos”, brinca o campeão, que sonha em ir além do que já conseguiu.

“Quero ser o melhor peso-pesado da história do UFC. É isso que tenho como motivação”.

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