Lyoto Machida encara CB Dollaway na pesagem| Foto: Gaspar Nóbrega / Inovafoto / UFC

O norte-americano CB Dollaway tem boas lembranças de suas duas visitas anteriores pelo UFC ao Brasil. No ano passado, o lutador era zebra, mas derrotou o paulista Daniel Sarafian por decisão dividida em São Paulo. Em março, novamente azarão, nocauteou Cezar Mutante em Natal. Mesma condição que traz ao octógono na madrugada deste domingo, em Barueri, contra o paraense Lyoto Machida – o evento começa às 22 h. Só que desta vez o problema é bem maior.

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Após ser derrotado por decisão unânime pelo campeão dos médios (até 84 kg) Chris Weidman, em julho, o Dragão, como é chamado, é amplo favorito para voltar a vencer no Ultimate. Aos 36 anos e com apenas cinco derrotas em 26 lutas na carreira, ele tenta iniciar sua última caminhada rumo ao título.

"Estudei muito o Dollaway, sei como ele pode vir, os perigos dele. Ele também deve ter me estudado, mas estou preparado e quero retomar minha trajetória para lutar pelo cinturão novamente. Isso está me motivando bastante", fala Machida, ex-campeão dos meio-pesados (até 93 kg).

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O estilo de luta evasivo do brasileiro, focado no contragolpe e com poder de nocaute, é ruim para o americano, que tem o wrestling (luta olímpica) como base. A chance do estrangeiro é tentar derrubar e pontuar. "Ele é bom de chão, tem pancada forte, mas não estou muito preocupado com o jogo dele. Tenho que me preocupar com o que vou fazer e partir para a minha estratégia", reitera o paraense, que não é o único ex-campeão em ação.

O peso-galo (até 61 kg) potiguar Renan Barão, que perdeu o título e a maior sequência de triunfos do MMA mundial (32 lutas) para o americano TJ Dillashaw em maio, volta ao ringue pela primeira vez.

A revanche estava marcada para agosto, mas Barão desmaiou no corte de peso e não pôde competir. Agora ele encara o canadense Mitch Gagnon, mas o pensamento é um só. "Meu objetivo é lutar pelo cinturão, não importa quem o tenha", disse o lutador ao jornal USA Today. "Mas quero lutar com o TJ de novo para deixar claro. Lutaria até de graça com ele se fosse preciso", completou.