Operado com sucesso, Anderson Silva achava que inflamação era só dor de barriga

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Anderson Silva pensou que estava com uma simples dor de barriga quando foi ao hospital na terça-feira (10) pela manhã. No mesmo dia, com fortes dores abdominais, o atleta de 41 anos descobriu que sofria de uma colecistite aguda, inflamação da vesícula biliar responsável por cortá-lo do UFC Curitiba com apenas quatro dias de antecedência.

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Spider foi operado com sucesso nesta quarta (11) e terá de ver de casa, no Rio de Janeiro, o evento deste sábado (14), na Arena da Baixada. Se tudo correr bem, o ex-campeão dos médios (até 84 kg) terá alta na sexta-feira (13). O tempo de recuperação total varia entre quatro e seis semanas.

“Achou que era dor de barriga, que estava mal do estômago, que comeu alguma coisa estragada”, conta o empresário do lutador, Ed Soares. “Mas foi piorando, piorando. O Anderson não reclama muito de dor, então começamos a ficar preocupados”, explica o agente.

Tudo estava bem até segunda-feira. No fim de semana, inclusive, Anderson fez um churrasco em casa, após treinar normalmente. Na manhã de terça, quando parte de seu estafe já se dirigia ao aeroporto com destino a Curitiba, Soares recebeu uma ligação avisando que o veterano estava a caminho do hospital.

Com febre e dor, Anderson fez exames de sangue. Nada de extraordinário foi detectado. Entretanto, como não melhorou, o médico pessoal de Anderson, Márcio Tannure, foi contatado. Ele o encaminhou para outro hospital, onde a colecistite aguda foi diagnosticada.

“Não tem causa definida, pode acontecer a qualquer momento. Uma fatalidade”, resume Tannure, que esteve presente na cirurgia que acabou com o sonho do Spider se apresentar na cidade onde foi criado desde os quatro anos de idade.

“Com certeza ele está muito triste, mas também acho que Deus sabe o que faz. Não vamos entender o porquê agora, um dia talvez. Mas a saúde é a coisa mais importante. E ele está bem”, resume Soares.

Ao preparador físico Rogério Camões, Anderson já avisou que pretende voltar logo ao octógono. Com data e local definidos: 9 de julho, em Las Vegas, no UFC 200. “Ele só falou ‘Mestre, se prepara que a gente vai para o 200. Eu até fiquei preocupado com a cabeça dele, que ele poderia ficar abalado. Mas foi muito pelo contrário”, conta Camões ao site da ESPN Brasil.

O jamaicano Uriah Hall, que estava escalado para enfrentar o brasileiro, não aceitou nenhum outro adversário oferecido pelo UFC e também não lutará na Arena da Baixada. Assim, o duelo entre os meio-médios (até 77 kg) Warlley Alves e Bryan Barberena foi alçado ao card principal. Com a mudança, o evento também teve seu início atrasado em meia hora, começando agora às 19h45.