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 | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

No MMA, assim como no futebol, técnico ganha jogo. O paranaense Rafael Cordeiro, eleito o melhor treinador do mundo no ano passado, tenta confirmar essa máxima hoje, a partir das 22 horas, no UFC 180, na primeira incursão do evento de lutas no México. Seu pupilo, o peso-pesado (até 120 kg) gaúcho Fabrício Werdum disputa o título interino da categoria contra o neozelandês Mark Hunt – o mexicano Cain Velásquez, campeão desde 2012, está lesionado.

Acostumado com o ambiente de lutas decisivas, já que treinou Maurício Shogun e Wanderlei Silva na época áurea do evento japonês Pride, no início da década passada, Cordeiro agora tenta formar seu primeiro campeão no UFC. Desde que se mudou para os Estados Unidos, em 2007, ele espera por esse momento.

"Posso dizer que sou um técnico que gosta desse tipo de pressão de final de campeonato, como se fosse uma decisão de Libertadores. Um clima que em a gente se sente bem, no qual fomos criados. A final vai ser mais um dia para lembrar de todos os títulos vencidos na carreira", disse o faixa-preta de muay thai e de jiu-jítsu à Gazeta do Povo.

O estilo adotado por Cordeiro, de 40 anos, no entanto, não é o do professor que se esgoela na beira do gramado. Do outro lado da grade, ele preza por passar instruções de forma tranquila e foca os 60 segundos de intervalo para relembrar o que foi treinado. A forma de trabalho é baseada naquilo que ele próprio gostava na época em que foi lutador de vale-tudo.

"Quando o atleta entende tua linguagem fica mais fácil de trabalhar. E uma palavra de efeito faz toda a diferença. Sou um técnico que não gosta de fazer escândalo, ficar gritando... Gosto de conversar bastante. O atleta quer escutar mais do que uma instrução, [ele quer] uma calmaria. Você tem de ser mais frio do que seu lutador", acrescenta.

Invicto no UFC, Werdum, de 37 anos, vai encontrar no nocauteador Hunt, um adversário diferente de Velásquez. A preparação mudou, assim como a responsabilidade, já que o adversário foi escalado para o duelo com apenas três semanas de antecedência.

Assim, a aposta é uma estratégia de luta de chão. "Vamos estar mais ofensivos. Ele vai estar preparado para lutar por baixo ou por cima. Sendo o Messi do jiu-jítsu, acreditamos que onde ele cair vai estar confortável. Esperamos uma luta excitante, mas vamos fazer o nosso jogo. Isso vai fazer toda a diferença", fecha.

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